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Pestana CR7 Lisboa
©Arlindo Camacho

Pestana CR7 Lisboa: uma noite à Ronaldo

Passámos uma noite no hotel do melhor do mundo. Não sabemos se este é o melhor hotel do mundo, mas é certo que se está muito bem.

Escrito por
Miguel Branco
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Abrir as pernas à distância dos ombros, talvez um pouco mais. Inspirar fundo e ganhar balanço para bater o livre à entrada da área. Foi só nisto que pensámos quando chegámos à recepção do Pestana CR7.

Pestana CR7 Lisboa

Queríamos muito fazer o check-in como se fôssemos Cristiano Ronaldo prestes a disparar um tomahawk. Mas a vergonha venceu a piadola e, ao invés de gritarmos golo, dissemos apenas o primeiro e último nome. Foi bem menos heróico, mas pronto, já se sabe, Ronaldo só há um.

Já hotéis Pestana CR7 há dois: este onde ficámos em plena baixa lisboeta a meros passos do Terreiro do Paço e outro no Funchal, na Madeira.

Uma vez dados os cartões de identificação e essa burocracia aborrecida, indicam-nos o caminho do elevador. Logo aí há um ecrã que vai passando imagens das conquistas do melhor jogador do mundo. Da infância no Andorinha, ainda na ilha, até aos dias de hoje. Chegados ao quarto emerge um sentimento dúbio. Se, por um lado, esperávamos algo com mais espaço, coincidente com a grandeza de Cristiano Ronaldo, por outro, sentimos o lado confortável da coisa: a cama ocupa grande parte do quarto, para nosso deleite.

Além disso, a varanda, sobre o comprido, com direito a mesa e bancos altos, atenua qualquer eventual sentimento de aperto. Até porque do lado esquerdo podemos vislumbrar a Sé de Lisboa e do lado direito o Arco da Rua Augusta, a Ponte 25 de Abril. Tudo perspectivas que nos desafogam, que até nos fazem querer berrar “SIIIIIII”, como se tivéssemos acabado de ganhar uma Bola de Ouro.

  • 4/5 estrelas
  • Hotéis
  • Baixa Pombalina
  • preço 3 de 4
  • Recomendado

Depois de apropriada a varanda – que podíamos apelidar de varanda do nosso contentamento – decidimos espreitar a casa de banho. E aí, tudo como esperado: um chuveiro largo, com um volume de água comparável a uma queda de água natural. Menos natural são os néons que vão mudando de cor e que, com o cair da água, fazem um efeito de cascata na parede, mesmo a pedir uma banda sonora meio reggaeton. A referência musical não é por acaso: já vimos e ouvimos Ronaldo a dançar e a cantar este estilo.

O melhor veio em seguida, quando regressamos ao piso 0 para experimentar o CR7 Corner Bar & Bistrô. Tivemos um daqueles jantares em que quando nos levantamos temos que esperar um bocadinho pelo equilíbrio certo. Croquetes de bochecha, atum braseado com sweet chili, risotto de camarão, vinhos de vários tipos. Tem tudo o que se quer na vida. E para finalizar em grande, tal como nos ensinou CR7, um whisky japonês.

Vale a pena referir que o pequeno-almoço também é generoso. O mais difícil mesmo foi acordar, mas como Boss AC eternizou numa canção: “Abre a pestana, tana, que isto aqui não é um filme, boy”.

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Não é um hotel, mas parece. A start-up israelita Sweet Inn chegou a Portugal há dois anos com um modelo de negócio que redifine a experiência de alojamento local. Passámos uma noite num dos seus apartamentos de luxo na Avenida.

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Os toldos vermelhos, a lembrar as praças parisienses, não passam despercebidos no movimentado Cais do Sodré: o Corpo Santo Hotel abriu ao público em Setembro. Tem um tesourinho museológico, descoberto durante as obras, um bar e restaurante e quartos de fazer esquecer a cidade.

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