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Verride Palácio Santa Catarina
©Paulo Carvalho

Verride Palácio Santa Catarina: Um palácio no Adamastor

Um edifício de 1750 foi totalmente recuperado para se transformar num hotel de cinco estrelas onde o maior luxo é a vista para a cidade

Vera Moura
Escrito por
Vera Moura
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O King para um lado, a Queen para o outro, como nos aposentos reais dos palácios de antigamente. O primeiro é mais masculino, com uma pequena biblioteca com secretária à entrada, uma sala privada com os tectos trabalhados em madeira escura e um quarto amplo, com lareira e varanda com vista para o Tejo. Do lado oposto, o quarto mais feminino e delicado, com paredes forradas a seda com um padrão de pavões, uma cama XL no meio do quarto, tectos rococós e uma banheira em mármore de linhas minimalistas sozinha na sala dos azulejos, com uma cena de caça.

©Paulo Carvalho

King e Queen são as royal suites do novíssimo Verride Palácio Santa Catarina, em pleno miradouro de Santa Catarina, mais conhecido como Adamastor. O edifício de 1750 foi totalmente recuperado e deve o nome ao conde mais emblemático que por lá passou, mantendo a traça antiga e alguns pormenores que estavam bem conservados, caso da escadaria em caracol que impressiona logo à entrada, da fachada e do arco em pedra da suite Arch, descobertos já a obra ia a meio, ou dos tais Troque o vale dos lençóis por estas camas em Lisboa Plano de Fuga azulejos azuis da fotogénica casa de banho Queen, representando o conde de Verride, da Figueira da Foz, numa caçada com os amigos algures entre 1910 e 1918.

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©Paulo Carvalho

No total são 14 suítes e quatro quartos acabadinhos de inaugurar para uma experiência exclusiva e luxuosa. Em comum têm os janelões por onde entra a badalada luz de Lisboa, espelhos enormes, camas com espaço para uma família inteira (com lençóis com 600 fios de algodão egípcio e almofadas para todos os gostos – há todo um menu) , e casas de banho em mármore que acolhem toalhões compridos, confortáveis e fofos.

Entre as zonas comuns estão a opulenta sala amarela, sem televisão (nos quartos, os aparelhos estão discretamente escondidos dentro de armários e aparadores, para quem quer mesmo desligar durante uns dias); a piscina infinita virada para o Tejo; o jardim de Inverno, que permite estar lá fora mesmo quando está mau tempo; e o restaurante e o rooftop Suba. O nome dos dois espaços, no terceiro e quarto pisos, é um convite a subir para apreciar a vista de 360º sobre a cidade

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A sala do pequeno-almoço – servido até às 14.00 –, tem uma mesa comunitária com capacidade para 20 pessoas e entrada aberta para a cozinha, que todos são convidados a usar. Lá dentro há uma pequena mercearia, com frascos cheios de sementes, cereais e biscoitos. No rooftop, a filosofia é a mesma: o bar não tem um balcão com um funcionário atrás: é um módulo aberto cheio de garrafas que permite que qualquer um se sirva de uma bebida antes de ir lá para fora olhar para Lisboa.

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Num bar com luzes fluorescentes, oferecem dois shots pelo preço de um ao som de “Don’t Stop Believing”, dos Journey. À porta de uma casa que junta fado tradicional, patanistas e cheesecake está um predador de turistas que tenta a sorte também com alfacinhas. Uma loja de conveniência aberta 24 horas por dia amontoa numa única prateleira minis, batatas fritas e Nossas Senhoras de Fátima. Há roupa estendida nas varandas, estudantes a cirandar e homens a vender óculos escuros e drogas leves. É assim a agitada Rua do Diário de Notícias. Mas depois, no número 142, silêncio. 

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