Rua das Pretas no Coliseu dos Recreios
©Mariana Valle Lima
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A Rua das Pretas dobrou a esquina e levou vinho e bossa nova ao Coliseu

O projecto do músico Pierre Aderne saiu da sala de casa e, por uma noite, viveu no palco do Coliseu dos Recreios. Fomos ouvi-lo (e bebê-lo).

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Caetano já por lá passou, Maria Bethânia também. Adriana Calcanhoto, Maria Gadu ou Ney Matogrosso, idem. Mas há mais do que a língua a unir todos estes nomes ao Coliseu dos Recreios: há música, há ritmo, há uma identidade transversal, uma experiência que comunga com todos aqueles que ocupam a cadeira e têm o prvilégio de a receber.

A Rua das Pretas, projecto musical do brasileiro Pierre Aderne que todos os sábados, num palacete no Príncipe Real, escondia uma rua onde se samba e se canta o fado, é parte dessa linhagem. Músicos de várias geografias juntam-se, tocam, dão voz a clássicos, a originais, regados a vinhaça da boa e a memórias.

Foi isso que este sábado aconteceu. Não no palacete no Princípe Real, mas no palco do da mítica sala lisboeta, uma celebração da nova normalidade por meio da música. Maria João, Tito Paris, Nicolau Santos e Maria Liberdade encheram o peito e brindaram as gentes com "Casa Portugesa", "Lisboa de Janeiro", "A Cor dos Seus Olhos" ou "Vida de Estrela". E, por momentos, se não fossem as máscaras, mais do que normal, extraordinária seria a palavra.

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