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©João Octávio PeixotoClã

Festival Regresso ao Futuro: cinco concertos a não perder

Traçamos o roteiro do Festival Regresso ao Futuro, que este sábado leva 24 artistas a outros tantos palcos de todo o país.

Escrito por
Tiago Neto
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O confinamento abalou a indústria musical. Os palcos vazios, as datas adiadas, canceladas; os músicos e as equipas técnicas em suspenso, na incerteza do regresso e de tudo o que estaria por vir. Ou de como viria. O futuro transformou-se num lugar estranho.

A Sons Em Trânsito, a Audiogest, associação que representa os produtores musicais, e a GDA, a cooperativa Gestão dos Direitos dos Artistas, decidiram pegar nessa dúvida e fazer dela o mote para o Festival Regresso ao Futuro, que nos devolve a música e, paralelamente, ajuda todos aqueles que nela trabalham.

Este sábado, dia 20, às 21.30, 22 cidades recebem 24 concertos de 24 artistas nacionais. Um evento que une e mobiliza os teatros municipais, os artistas, as equipas técnicas e o público numa frente comum, e cujo lucro reverterá para o Fundo de Solidariedade para a Cultura, criado pela Audiogest, que se destina a todos os profissionais do sector das artes a quem os apoios públicos não chegaram.

Há muita música para ser ouvida. De Fafe a Faro, de Albergaria-a-Velha a Almada, artistas como Clã, Salvador Sobral, Miguel Araújo ou Pedro Abrunhosa ocupam os palcos, em simultâneo, e convidam o público a levar alimentos não perecíveis para entrega nos teatros, que serão recolhidos e distribuídos pela União Audiovisual junto dos profissionais das artes.

Abaixo, destacamos os cinco concertos que se realizam em Lisboa e arredores. Mas há mais para ver ao vivo: Agir (Leiria), Ana Moura (Oliveira do Bairro), António Zambujo (Torres Novas), Aurea (Figueira da Foz), Bárbara Tinoco (Albergaria-a-Velha), Black Mamba (Aveiro), Camané (Cascais), Carlão (Rio Maior), Carolina Deslandes (Bragança), Diogo Piçarra (Faro), Fernando Daniel (Estarreja), Gisela João (Fafe), Herman José (Ílhavo), Miguel Araújo (Caminha), Pedro Abrunhosa (Ovar), Tiago Bettencourt (Castelo Branco), Tiago Nacarato (Matosinhos) ou The Gift (Loulé).

Festival Regresso ao Futuro: cinco concertos a não perder

Samuel Úria

Em 2018, dizia-se nestas páginas que Samuel Úria era “o grande baladeiro português deste século”. O título mantém-se: Úria que é Úria evoluiu, mas nunca se perde. Membro original do colectivo FlorCaveira e escritor de temas para António Zambujo ou Ana Moura, nos últimos anos fez-nos chegar Marcha Atroz (2018) ou Fica Aquém (2019), provando que fazer boas canções pode ser como andar de bicicleta.

Cinema São Jorge, Lisboa. Sáb 21.30. 10€.

Clã

Os veteranos portuenses, que este ano lançaram Véspera, disco que sucede a (2017) e ao qual a Time Out deu cinco estrelas, dão a conhecer alguns dos novos temas e muito do trabalho que os consolidou como uma das maiores referências da música nacional. Encabeçados por Manuela Azevedo, os Clã contam com quase três décadas de existência e assinam clássicos como “Sopro do Coração”, “Problema de Expressão” ou “H2omem”.

Teatro Municipal Joaquim Benite, Almada. Sáb 21.30. 10€.

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Kátia Guerreiro

Na música de Kátia Guerreiro cabe Lisboa, Évora, cabem os Açores, os sítios por onde foi passando. Cabem poemas de António Lobo Antunes, Fernando Pessoa ou Sophia de Mello Breyner Andresen, tudo traduzido pelo fado numa carreira discográfica que conta duas décadas, espalhadas por sete álbuns. O último, Sempre (2018), é uma homenagem a todos os que fizeram o percurso com ela.

Cineteatro Capitólio, Lisboa. Sáb 21.30. 10€.

Rita Redshoes

2008 foi o ano em que Rita Redshoes lançou o seu primeiro disco, Golden Era, mas antes já o piano lhe servia o talento, acompanhando David Fonseca na digressão de Sing Me Something New (2003). O talento valeu-lhe um MTV European Music Award (EMA) e um conjunto de canções que ficaram a ecoar no ouvido. Her, o último disco até à data, é de 2016, ano em que dividiu o microfone com Rui Reininho em “Dançar SóS”, dos GNR. No ano passado chegaram dois singles: “Contigo é Pra Perder”, com Camané, e “O Amor Não é Razão”. Durante a quarentena, cantou do seu quintal para fora através do Instagram.

São Luiz – Teatro Municipal, Lisboa. Sáb 21.30. 10€.

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D.A.M.A

O trio composto por Francisco Pereira, Miguel Coimbra e Miguel Cristovinho, um dos maiores fenómenos da última década na música nacional e que conquistou uma dupla platina pelo trabalho Uma Questão de Princípio, tem um quarto disco preparado para chegar às prateleiras este ano. O primeiro avanço, “Ela”, já está disponível no Spotify.

Fórum Municipal Luísa Todi, Setúbal. Sáb 21.30. 10€.

Mais para ler e ouvir

  • Música

João Cabrita tem vindo a assinar, ao longo de três décadas, trabalhos e colaborações que vão dos Kussondulola a Sérgio Godinho, de The Legendary Tigerman a Cais Sodré Funk Connection. Os Sitiados, Despe e Siga, Dead Combo, todos marcados pelo trabalho do músico e compositor lisboeta. O percurso, contudo, nunca se condensou num disco, num espaço verdadeiramente seu, mas isso está prestes a mudar.

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Um álbum pode ser muita coisa. Falámos com os Norton para antecipar o novo Heavy Light, editado no início de Julho.

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