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Owen Wilson
Latour/Variety/REX/Shutterstock

Owen Wilson: "Respeitam-me porque sou o Faísca McQueen"

Owen Wilson dá a voz a Faísca McQueen, na versão original de ‘Carros 3’, da Pixar. E os filhos admiram-no por isso.

Ellie Walker-Arnott
Escrito por
Ellie Walker-Arnott
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O sotaque texano de Owen Wilson é inconfundível mal ele atende o telefone. Trocamos umas palavras e, passado um bocado, estamos a falar do novo Carros 3, em que ele volta a emprestar a voz ao carro de corridas Faísca McQueen. No novo filme, Faísca está em apuros, a considerar retirar-se depois de um acidente catastrófico.

 

O que te levou a fazer um novo filme da série Carros?

Tenho dois filhos pequenos que me admiram e respeitam porque interpreto o Faísca McQueen. Gosto disso. E desta vez eles tiraram o máximo partido da situação, foram à Disneyland para a estreia e tudo.

Devem ter ficado muito bem impressionados.

Sim. Eles gostam… Têm um novo brinquedo, um carro que se controla com o telemóvel. Ele corre e fala contigo. E tem a minha voz, por isso pensei que ficassem estarrecidos quando o levei para casa, mas não ficaram nada impressionados. Ainda acreditam em super-heróis e monstros, por isso ter a voz do pai a sair de dentro de um carro parece-lhes normal. Isso não é nada de especial para eles.

Os miúdos passam-se com a série Carros. De que filmes gostavas quando eras mais novo?

Quando és um miúdo gostas de tudo. Já ficas contente só por estar no cinema. [Os meus filhos estão a] começar a gostar de filmes. Vi O Momento da Verdade [The Karate Kid, no original] com eles recentemente, porque o meu filho de seis anos gosta de karaté. Os filmes de que gostava em adolescente eram A Primeira Noite, Ensina-me a Viver, A República dos Cucos.

Sonhavas ser um actor quando eras garoto?

Não, não, não. Foi algo que aconteceu por acaso. Tive a minha experiência como actor numa peça que o meu amigo Wes Anderson escreveu. Quando era um miúdo queria jogar futebol americano nos Dallas Cowboys.

Interpretas um carro de corridas nos filmes, mas no dia-a-dia andas mais de bicicleta, não é?

Acho aqui sim. Adoro as bicicletas da Brompton, tenho uma dessas em Londres. Adoro andar pela cidade. Nem é tanto pelo exercício, é mesmo para dar umas voltas. Vai ao encontro da minha capacidade de atenção.

O Carros 3 explora a ideia de uma geração mais velha se afastar e deixar que os mais novos sejam o centro das atenções. Isso ressoou junto de ti?

Toda a gente tem problemas em diferentes alturas da vida. É difícil fazer algo sozinho. Precisas de outras pessoas. Achei isso tocante.

Lembrou-te do teu início de carreira?

De certeza. Quem me abriu as portas foi o James L. Brooks, que me trouxe a mim, aos meus irmãos e ao Wes [Anderson] para Los Angeles para desenvolvermos o nosso primeiro argumento e filme. Mudou completamente as nossas vidas. Se tens sucesso, normalmente foi porque alguém te ajudou.

Protagonizaste recentemente Lost in London, de Woody Harrelson, um filme filmado em tempo real e transmitido em directo para os cinemas enquanto estava a ser filmado. Como foi essa experiência?

Honestamente, sinto que foi uma das melhores experiências criativas da minha vida. Ninguém tinha feito nada assim. Eu não faço teatro, não faço nada ao vivo. Estava muito nervoso, mas acabou por ser uma óptima experiência. Aposto que um guru de auto-ajuda diria que enfrentei os meus amigos.

O que se segue? O Zoolander 3?

Não sei se isso vai acontecer. Estava a falar com o Ben [Stiller] há uns dias, e não era sobre o Zoolander 3. Mas nunca se sabe.

 

+ Filmes que não queremos perder até ao Natal

Estes filmes são uma animação

Shrek (2001)

No ano em que a Academia introduziu esta categoria, o grande vencedor foi o ogre verde mais saloio e adorável da história do cinema. Monstros e Companhia e Jimmy Neutron: O Pequeno Génio eram os outros nomeados.

A Viagem de Chihiro (2002)

A 13.ª produção do famoso Studio Ghibli – e a sétima realizada por Hayao Miyazaki – deu baile a sucessos como A Idade do Gelo, Lilo & StitchSpirit: Espírito Selvagem e O Planeta do Tesouro e ganhou o Óscar de Melhor Filme de Animação na cerimónia de 2003. 

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À Procura de Nemo (2003)

Belleville Rendez-Vous e Kenai e Koda eram concorrência forte, mas foi a aventura do pequeno Nemo que conquistou a Academia. O filme da Pixar estava ainda nomeado nas categorias de Melhor Canção Original, Melhor Argumento Original e Melhor Edição de Som. Passados 13 anos, a esquecida Dory teve direito ao seu próprio filme de animação. 

The Incredibles: Os Super-Heróis (2004)

Esta parece uma família normal, a viver a sua vidinha rotineira nos subúrbios. Mas não: os Parr são super-heróis que não devem usar os seus super-poderes no meio de civis. Já se está mesmo a ver que eles não vão respeitar as regras e usar a super-velocidade e a força para salvar a cidade de Metroville.

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Wallace & Gromit: A Maldição do Coelhomem (2005)

A primeira longa-metragem das míticas personagens britânicas Wallace e o seu cão Gromit conta com ilustres no elenco de voz, como Helena Bonham Carter e Ralph Fiennes, e levou para casa o Óscar no ano em que também estavam apontados desenhos animados como Noiva Cadáver (de Tim Burton) e O Castelo Andante (de Hayao Miyazaki).

Happy Feet (2006)

Carros e A Casa Fantasma também estavam nomeados, mas o Óscar de Melhor Filme de Animação de 2006 foi para o hilariante e musical Happy Feet, que conta a história de Mumble, um jovem pinguim que gosta de dançar sapateado numa terra onde todos os da sua espécie gostam é de cantar.  

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Ratatouille (2007)

O cenário é Paris, meca dos restaurantes chiques e da alta gastronomia. O protagonista é Rémy, um ratinho que se concorresse no Masterchef, ganhava com uma perna às costas (e uma colher de pau na mão). O filme animado preferido dos gourmants de todo o mundo levou a estatueta para casa na 80ª edição dos Óscares. Os outros nomeados eram Persepolis e Dia de Surf.

WALL-E (2008)

A história do robô apaixonado num planeta Terra completamente deserto e cheio de lixo comoveu a Academia e deixou Bolt e Kung Fu Panda a ver passar navios. Faz parte da nossa lista de melhores filmes para (re)ver em família

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Up! Altamente (2009)

Apreciadores de uma bela história de amor: atentem nos primeiros dez minutos da produção da Pixar que em Fevereiro de 2010 levou o Óscar de Melhor Filme de Animação para casa (também estava nomeado para a categoria de Melhor Filme) – e não se esqueçam dos lenços de papel. Depois de se recomporem, podem acabar de ver a aventura do Sr. Fredericksen com o escoteiro Russel que derrotou Coraline, Raposas e Fazendeiros, A Princesa e o Sapo e Uma Viagem ao Mundo das Fábulas

Toy Story 3 (2010)

A saga Toy Story é muito querida da academia, com dezenas de nomeações. Mas nenhum foi tão especial quanto Toy Story 3, o terceiro filme de animação da história a ser nomeado para o Óscar de Melhor Filme (depois de A Bela e o Monstro e Up! Altamente). Ganhou na categoria de animação e concorria contra Como Treinares o Teu Dragão e o franco-britânico O Mágico.

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