Superchunk - What A Time To Be Alive
No activo desde 1989, os Superchunk são uma instituição indie. E no 11º álbum, lançado há um mês, não acusam a idade. A fórmula é a mesma de sempre: power-pop com vitalidade punk, música directa e jubilatória. Mas isto é redutor. What A Time To Be Alive não é só um disco de indie rock certeiro e urgente, está sintonizado com a actual realidade sociopolítica americana e as suas canções reflectem a revolta de uma certa esquerda. Todavia evita referências directas a pessoas ou situações, garantindo a sua intemporalidade – uma excepção é a menção da activista e denunciante americana Chelsea Manning, em “I Got Cut”; ou a homenagem aos Reagan Youth na faixa homónima, também uma meditação sobre a capacidade (ou a incapacidade...) de a música popular efectuar mudanças sociais duradouras.