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Dez concertos a não perder no Vodafone Paredes de Coura

Passados 30 anos, o festival minhoto mantém-se fiel às origens. Entre velhos figurões indie e novos talentos, eis os concertos a não perder.

Luís Filipe Rodrigues
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O icónico festival minhoto é um dos mais belos do país. E, passadas três décadas, mantém-se fiel às suas origens, apostando sobretudo – mas não só – na música de guitarras e de corte alternativo. Entre 14 e 17 de Agosto, velhos figurões indie como Sleater-Kinney (15), Cat Power (16) Slowdive, Superchunk e The Jesus and Mary Chain (todos a 17) vão cruzar-se, em Paredes de Coura, com novos e genuínos talentos, como Bar Italia, Hotline TNT ou Wednesday, entre outros. Mas há também um par de colossos do hip-hop chamados Killer Mike e André 3000 (que vai tocar o álbum New Blue Sun, no primeiro dia desta edição) no cartaz. E uns quantos DJs e produtores de electrónica, para prolongar a festa pela noite dentro. Eis os concertos a não perder.

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Dez concertos a não perder em Paredes de Coura

André 3000

Um dos grandes visionários do hip-hop americano vem a Portugal. Mas não vem rimar. Traz consigo flautas, electrónicas e alguns dos músicos que o ladearam no álbum New Blue Sun, gravado no ano passado com Carlos Niño e outros artistas com ligações ao jazz e ao experimentalismo. Um épico de 88 minutos em que o jazz, a new age, a música ambiental e a electro-acústica se esbatem.

Palco Vodafone. 14 Ago (Qua). 21.30

Killer Mike

Monumental rapper e activista de Atlanta, na Geórgia, alinhado com a Dungeon Family de André 3000, Big Boi e outros colossos do rap sulista. Antes de lançar o primeiro álbum, Monster, em 2003, participou em discos dos OutKast e hoje divide o seu tempo e atenção entre o activismo político, a carreira a solo e o aclamado duo Run the Jewels, com El-P. Lançou o premiado álbum Michael no ano passado, e este ano voltou à carga com Songs for Sinners & Saints, entre o gospel e o hip-hop, creditado a Michael & The Mighty Midnight Revival.

Palco Vodafone. 14 Ago (Qua). 01.50

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Wednesday

Começou por ser um projecto solitário da cantora e guitarrista Karly Hartzman, a quem se somou em 2020 o cantor e compositor MJ Lenderman e os restantes membros da formação actual. Desde então, é uma das mais inspiradoras bandas de guitarras norte-americanas, na triangulação do indie rock, do country e do shoegaze. Continuam a apresentar Rat Saw God, brilhante disco do ano passado.

Palco Yorn. 15 Ago (Qui). 20.50

Sleater-Kinney

Nome de culto do indie rock americano de 90s – facção riot grrrl. As guitarristas e vocalistas Carrie Brownstein e Corin Tucker fundaram a banda e tocaram em todos os discos, mas a formação clássica das Sleater-Kinney incluiu também a baterista Janet Weiss, que se juntou em 1996 e se separou delas em 2019. Vão finalmente estrear-se em Portugal à boleia do álbum Little Rope, lançado no início do ano.

Palco Vodafone. 15 Ago (Qui). 21.50

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Cat Power

É uma das grandes senhoras da canção indie ianque. Desde a década de 90 que se move com ligeireza entre o rock mais podre, a folk, o punk e os blues eléctricos. Ultimamente, tem andado a tocar as versões de Bob Dylan gravadas no álbum Cat Power Sings Dylan: The 1966 Royal Albert Hall Concert, do ano passado.

Palco Vodafone. 16 Ago (Sex). 21.30

IDLES

O mundo está cada vez mais complicado. Mas, em vez de aceitar que estamos todos lixados, os punks britânicos IDLES encontram formas de sorrir diante a dor. E não se cansam de Portugal. Nem seis meses após a apresentação de TANGK, na Super Bock Arena, estão de volta ao norte do país para mais uma rodada.

Palco Vodafone. 16 Ago (Sex). 01.55

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Hotline TNT

Agremiação nova-iorquina em constante estado de sítio, que orbita em torno do cantor e compositor Will Anderson desde 2018. O segundo e extático álbum de originais, Cartwheel, do ano passado, é meia hora de ruidosa catarse emocional, com formas pop a vislumbrarem-se por baixo de camadas de bílis e distorção.

Palco Yorn. 17 Ago (Sáb). 20.40

Slowdive

Fazem parte dos actos solenes de barulho belo e nubloso da cena shoegaze britânica dos anos 80 e 90, encabeçada pelos My Bloody Valentine. Na sua obra maior, Souvlaki (1993), há uma melancolia sépia e paliativa (por vezes a fazer lembrar Cocteau Twins) selada por guitarras rasgadas e pelas vozes serenas de Neil Halstead e de Rachel Goswell. Regressaram em 2014 e nunca mais pararam. Há um ano lançaram o quinto álbum de originais, Everything Is Alive.

Palco Vodafone. 17 Ago (Sáb). 21.25

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The Jesus and Mary Chain

Os escoceses Jim e William Reid são pioneiros do noise-pop e shoegaze, com uma longa e proveitosa carreira. Estiveram juntos, num primeiro momento, entre 1983 e 1999. Separaram-se à porta do novo milénio, mas reuniram-se pouco tempo depois, em 2007. Passados dez anos, gravaram o primeiro álbum desta nova fase, Damage and Joy. Este ano, chegou a segunda novidade, Glasgow Eyes.

Palco Vodafone. 17 Ago (Sáb). 23.25

Superchunk

Autores determinantes do indie rock e da bacanidão norte-americana, juntos desde o final de 80s. Sempre com vibes imaculadas, dá gosto ouvi-los. Mesmo quando ligam o piloto automático, soam mais dedicados e reais do que a maior parte dos grupos com um fracção da idade. Desde o final da pandemia, ainda não pararam quietos. Em 2022 editaram Wild Loneliness, o 12.º álbum de originais; no ano passado saiu a compilação Misfits & Mistakes: Singles, B-Sides & Strays 2007–2023; e este ano lançaram o single “Everybody Dies”, hino rejuvenescedor, celebração da vida e da morte, puta de festa, com “As in a Blender” no lado-B. Podiam tocar cá de seis em seis meses que não nos queixávamos.

Palco Yorn. 17 Ago (Sáb). 00.40

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