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Skoola
© QUERAGURASkoola, no Village Underground

A Skoola está a crescer e precisa de uma nova casa

O apelo foi feito nas redes sociais. Mariana Duarte Silva quer levar a academia de música urbana ainda mais longe, mas precisa de um espaço maior.

Raquel Dias da Silva
Escrito por
Raquel Dias da Silva
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Estávamos em Janeiro de 2023 quando Mariana Duarte Silva confessou à Time Out que o financiamento que permitia manter a Skoola a funcionar para mais de 40 alunos entre os dez e os 18 anos, a maior parte dos quais bolseiros, estava a chegar ao fim. Agora, o problema é outro e é bom: a academia de música urbana “está em franco crescimento”, ganhou um projecto europeu e precisa de uma nova casa. Uma sala com um mínimo de 80m2, outras duas com 20m2, transportes públicos acessíveis e uma renda ajustada à realidade de uma organização sem fins lucrativos. É do que estão à procura.

“Se até aqui foi excelente termos feito nascer um projecto mesmo no coração da comunidade artística e partilharmos a mesma sala de espectáculos com os artistas que aqui actuam, neste espaço [o Village Underground] que também fui eu que fundei [e do qual, entretanto, já não é sócia], nesta fase de vida em que estamos, em que precisamos de outro tipo de estrutura, procuramos um espaço mais adequado às nossas necessidades”, diz Mariana. 

Com um sistema de ensino integrador e pouco convencional, a academia de música urbana nasceu em Abril de 2021, no Village Underground, para crianças e jovens entre os dez e os 18 anos. Mas, entretanto, além de 30 jovens skoolers – divididos em duas turmas, uma com sessões à terça, de produção electrónica, e outra às sextas-feiras, de criação musical livre, em formato de banda –, também estão a promover um workshop de produção electrónica só para mulheres, em parceria com a Musa e a plataforma She Said So. A 1.ª edição chegou ao fim recentemente, mas “terá continuidade”.

“Queremos abrir mais dias da semana para adultos que estejam interessados em criar música”, continua Mariana, que está em “conversas para fazer uma Semana de Criação no Criativo de Chelas, com o Nuno Varela” e mal contem o entusiasmo de terem ganho pela primeira vez um projecto a nível europeu. “Vamos lançar novidades nas próximas semanas, mas podes já adiantar. Chama-se She Rap e é um projecto da Europa Criativa, cujo líder é francês e, portanto, é composto por [grupos em] França, Bélgica, Croácia e Portugal. Ao longo dos próximos dois anos, vamos estar a fazer formação e desenvolvimento de mulheres no mundo do rap, nestes diferentes países, que depois vai culminar numa actuação conjunta das vencedoras da formação e do concurso em cada país. Vão fazer uma música e um videoclipe todas juntas e dois grandes festivais europeus.”

A questão é que a actual sala de espectáculos do Village é a sala de ensaios da Skoola, o que significa que todas as semanas têm de montar e desmontar o sistema de som. “Isso toma-nos muito tempo, tempo no qual podíamos estar a fazer música”, explica a empreendedora. “Idealizamos ter um espaço independente, onde possamos ter uma sala de ensaios com o nosso sistema de som permanentemente montado e que tenha outras duas salas, uma para ser a sala dos computadores [para produção] e outra para escritório. E, claro, gostávamos de ter vizinhos. Não queremos estar sozinhos, gostávamos de estar inseridos numa comunidade criativa, artística e musical.”

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