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Agualva-Cacém sonha ser meca da arte urbana

O projecto AgualvArte ocupa já as principais ruas de Agualva-Cacém, reunindo obras de artistas como Odeith, Tamara Alves, Gonçalo MAR, Utopia e Bordalo II.

Raquel Dias da Silva
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Raquel Dias da Silva
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A Junta de Freguesia de Agualva e Mira-Sintra promove a arte urbana em espaço público de forma sistemática desde 2015, mas o presidente sonha mais alto, com uma cidade-galeria. “Gostaria de conseguir intervenções de quase todos os writers do mundo inteiro, para construir um verdadeiro repositório de arte urbana”, confessa Carlos Casimira.

“Agualva-Cacém é a décima maior cidade do país, mas não tem muito que a distinga. A intervenção em arte urbana é algo que a pode distinguir, razão para o nosso investimento, feito à escala da freguesia, mas que pretendemos ampliar, caso a Câmara Municipal de Sintra nos possa apoiar, tal como fez quando nos patrocinou a intervenção do Bordalo II”, esclarece, referindo a instalação Plastic Baby Bear, inaugurada em Julho na Praceta da Fraternidade Universal, no Cacém. “Actualmente, temos uma, duas dezenas de intervenções dos melhores writers do graffiti nacional na freguesia, mas eu queria era uma centena de todos os writers que pintam.”

A primeira intervenção, promovida em conjunto com a Freguesia e Cacém e São Marcos, foi realizada em 2014, por Gonçalo MAR e Miguel RAM, no Parque Linear Dom Domingos Jardo, no âmbito das celebrações do 40.º aniversário do 25 de Abril. Mas o projecto AgualvArte foi inaugurado apenas entre 2015 e 2016, com as primeiras intervenções nos painéis acústicos colocados junto à estação de comboios do Cacém. O objectivo foi – à semelhança do que já se fazia um pouco por toda a cidade, mas de forma pontual – tornar um espaço feio e descaracterizado numa “grande galeria de arte urbana da mais elevada qualidade”.

“Apesar de já termos um património que nos orgulha, a intenção é continuarmos a promover intervenções até todos os painéis terem uma obra de arte urbana. Mas o nosso projecto de requalificação e valorização do espaço público não se esgota nesses painéis”, garante Carlos Casimiro. “Temos feito intervenções globais em toda a cidade, com limpeza urbana, para limitar o depósito de monstros, remoção reiterada de pichagens e tags e pintura sistemática e paulatina de muros e equipamentos.”

O presidente revela ainda que está planeada para “esta semana ainda” uma intervenção de mais um painel, mas “sempre com investimento”, assegura. “Estes writers não são writers de rua, portanto naturalmente cada uma destas intervenções é paga.”

Além da Junta de Freguesia de Agualva e Mira-Sintra, a Câmara Municipal de Sintra tem também promovido activamente a arte urbana no concelho, inclusive com a organização, em 2019, da 1.ª edição do Festival Sintra Geo-Graffiti, na Praia Grande, onde foi possível observar vários artistas a executarem as suas obras. A curadoria do projecto foi da responsabilidade do artista sintrense Miguel RAM.

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