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J. Cornellius/ Wikimedia CommonsMetro Sul do Tejo

Almadenses exigem ciclovia junto à linha do metro para a Costa da Caparica

Metropolitano de Lisboa anunciou que iria estudar a expansão do metro até à Costa da Caparica. Carta aberta com mais de 100 subscritores pede mais do que ferrovia.

Rute Barbedo
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Rute Barbedo
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O raciocínio é este: se se vai estudar o prolongamento da rede do Metro Sul do Tejo até à Costa da Caparica, é preciso incluir no projecto uma ciclovia contínua junto à linha. A exigência parte de dois grupos organizados – a Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta (MUBi) e a Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta (FPCUB)

– e de mais de 100 cidadãos, que assinaram uma carta dirigida ao Metropolitano de Lisboa, à Câmara Municipal de Almada, à Transportes Metropolitanos de Lisboa e à Metro Transportes do Sul. "Esta futura ciclovia deverá ser complementada com percurso pedonal segregado, de modo a garantir também a segurança das pessoas que caminham", pedem, ainda, na carta aberta, divulgada a 3 de Abril no Lisboa Para Pessoas

Na carta, chama-se a atenção para o facto de a rede de metro do concelho de Almada, construída entre 2003 e 2008, não contemplar ciclovias que a acompanhem de forma contínua, "existindo apenas pequenos troços de ciclovia que não têm ligação entre si, consistindo numa fragmentação do sistema de mobilidade em bicicleta, que resulta na sua reduzida utilização pela população". "Foi uma oportunidade perdida", consideram os subscritores. 

Almada "aquém do previsto" no plano ciclável

Além desta ausência, o documento sublinha que "as infra-estruturas cicláveis no concelho de Almada continuam aquém do previsto no Plano Almada Ciclável, de 2005, que previa a construção de cerca de 200 quilómetros de rede ciclável pelo concelho e que previa que, até 2015, 5% das deslocações no concelho seriam realizadas em bicicleta". 

Esta não é, assim, a primeira vez que utilizadores de bicicletas chamam a atenção para a falta de infra-estruturas que permitam utilizar este meio de transporte. Em Setembro, perante o anúncio do alargamento da estrada IC20 para quatro vias, uma petição pública com mais de 2500 assinaturas veio exigir alternativas ao automóvel em Almada, nomeadamente mais transportes públicos e mais vias para a mobilidade activa. "Esta obra é um compromisso que resulta de um contrato caduco, que deveria já ter sido renegociado pelo Estado junto da concessionária Baixo Tejo, de modo a ir ao encontro daquilo que são os objectivos estabelecidos a nível ambiental", pode ler-se na petição.

Nesta nova reivindicação de 3 de Abril, os cidadãos chamam igualmente a atenção para a falta de momentos de participação e discussão pública nos projectos relacionados com a mobilidade. 

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