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Mafalda M. Gonçalves Madrid
DRA intervenção da portuguesa Mafalda M. Gonçalves numa estação de Metro em Madrid em homenagem às mulheres

Artista portuguesa dá que falar em Madrid com mural do Dia da Mulher

Mafalda M. Gonçalves, de Cascais, é a autora da nova pintura feminista na estação de Sainz de Baranda, em Madrid, que foi oficialmente apresentada neste Dia da Mulher.

Vera Moura
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Vera Moura
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A 8 de Março de 2020, uma enorme parede da estação de metro de Sainz de Baranda, em Madrid, foi pintada em homenagem às mulheres de todo o mundo e de todas as idades. A intervenção de arte urbana, que aproveitava o Dia Internacional da Mulher para celebrar a igualdade e a diversidade, acabou por ser vandalizada, mas agora está de cara lavada. A artista portuguesa Mafalda M. Gonçalves foi desafiada para criar um novo mural na mesma parede, com uma dimensão de 17 por 2 metros. O trabalho foi acompanhado pelos transeuntes da capital espanhola na última semana e oficialmente apresentado nesta terça-feira por Carlos Díaz-Pache, vice-director da rede de transportes e infra-estruturas de Madrid

A obra da artista, com intervenções em Cascais (onde nasceu e vive), Lisboa, Loures, Almada ou Sesimbra, reflecte a situação actual das mulheres com a representação da escultura decapitada de Vitória de Samotrácia rodeada de flores autoctónes dos diferentes continentes, como lavanda europeia, proteas africanas e flores de lótus.

Vitória de Samotrácia
DRFlores de vários continentes rodeiam a Vitória de Samotrácia

"A estátua representa a deusa da Vitória (Nike), que foi descoberta em pedaços e está assim exposta, incompleta, no Museu do Louvre, dando assim origem a uma analogia perfeita com a luta das mulheres. Uso-a como representação das vitórias já conquistadas, mas também como metáfora de que estas estão incompletas", diz Mafalda à Time Out Lisboa por e-mail.

"Por outro lado, tem como objectivo homenagear todas as mulheres e sua diversidade de uma maneira mais inclusiva, através da representação de uma flor nativa de cada continente. As flores, além de serem um símbolo intrinsecamente feminino, também possuem uma simbologia própria", continua. 

Esta não foi a primeira vez que a cascaense representou o feminino. "O primeiro mural que pintei foi curiosamente no Dia da Mulher para o paint jam da yesyoucanspray em 2020, por isso é uma honra incrível ter tido esta oportunidade", conta orgulhosa.

+ Na Avenida da Liberdade, o Dia da Mulher celebra-se com uma homenagem nos bancos públicos

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