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Francisco Romão Pereira/Time OutUm dos edifícios fica na Rua Verde

Benfica vai reabilitar dois edifícios devolutos para criar casas de renda acessível

O investimento de nove milhões de euros, a fazer num prédio da Aldeia do Calhariz e noutro da Rua Cláudio Nunes, é o maior alguma vez feito por uma junta de freguesia.

Hugo Torres
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Hugo Torres
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A Junta de Freguesia de Benfica aprovou a aquisição de dois edifícios devolutos no bairro, no valor de cinco milhões de euros, para os reabilitar e disponibilizar 20 apartamentos no mercado de arrendamento acessível (T1 e T2). As obras deverão estar concluídas até 2025, com o custo total a ascender aos 9 milhões de euros. A decisão foi tomada na quarta-feira, ao abrigo do Programa 1.º Direito, para coincidir de forma “simbólica” com a aprovação pelo Parlamento do pacote legislativo Mais Habitação.

“É o maior investimento alguma vez feito por uma Junta de Freguesia em Portugal”, garante o presidente da Junta de Benfica, Ricardo Marques, no Instagram. O autarca sublinha que esta decisão faz parte de uma estratégia local para a habitação que visa criar 250 fogos para arrendamento a baixo custo, até 2026. A maioria dessas casas depende da construção de raiz de mais de 100 apartamentos, nas imediações da futura residência universitária de Benfica, em terrenos cuja cedência depende da Câmara de Lisboa. No entanto, está a ser negociada a compra de mais três prédios do bairro para reabilitação (total de 18 fogos). E há ainda 82 habitações a serem disponibilizadas através da modalidade de arrendamento para subarrendamento, destinada a habitações de renda acessível.

“Uma cidade sem moradores é uma cidade condenada e sem futuro”, escreve Ricardo Marques na mesma publicação. “Em Benfica iremos trabalhar activamente para criar uma política pública de habitação que apoie as famílias que queiram viver e construir a sua história de vida no nosso bairro.” Para a aquisição destes primeiros edifícios, a verba resulta de uma candidatura ao programa de Apoio ao Acesso à Habitação do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR).

Apesar de ainda não haver datas concretas para o início das obras de reabilitação, o horizonte temporal estipulado pela Junta de Freguesia prevê que os projectos avancem com celeridade. As futuras habitações destinam-se, segundo nota daquela autarquia, “sobretudo a jovens adultos, jovens famílias, famílias monoparentais, entre outras”.

Dos dois edifícios agora comprados, o mais central fica na zona pedonal (verde) da Rua Cláudia Nunes, com 1000 metros quadrados, quatro pisos e um valor de aquisição de 3,53 milhões de euros. É o prédio da churrasqueira A Tradicional, portanto só devoluto nos pisos superiores. A junta ainda não sabe se será necessário fechar temporariamente o restaurante durante a empreitada. “A ideia é tentar que não encerre”, refere fonte do gabinete de comunicação.

O outro edifício é uma moradia centenária na Aldeia do Calhariz, com três pisos e 404 metros quadrados, que serão transformados em seis habitações. A aquisição custou à Junta de Freguesia 1,55 milhões de euros. Apesar de ser mais afastado do coração do bairro, este fica no entanto numa zona que será alvo de uma reabilitação de fundo, tal como a Time Out noticiou em Junho.

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