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“Bom dia, Lisboa”. Flak dá música às manhãs junto ao Tejo

Hugo Torres
Escrito por
Hugo Torres
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Cidade Fantástica é o último disco a ser gravado no Estúdio do Olival. Flak assina a produção com Benjamim.

Flak tem um novo capítulo discográfico com lançamento agendado para 19 de Outubro: Cidade Fantástica. É o terceiro disco a solo do guitarrista e fundador de Rádio Macau e Micro Audio Waves, que se apresenta com single, vídeo e tudo, dando a ouvir “Ao Sol da Manhã”, canção com o estuário do Tejo à vista e beat de Benjamin a pautar-lhe o ritmo.

Lisboa é cenário para a música de Flak desde os anos 1980 e o que se antecipa é um alinhamento a passear-se pela cidade. É o que sugere tanto o título do álbum como o tema que lhe abre caminho. “Ao Sol da Manhã” leva-nos, “à luz da manhã”, “a ver os barcos chegar lentamente, para depois vê-los zarpar”, ali “na doca entre o rio e o mar”.

A Ponte 25 de Abril está no enquadramento e a dupla Francisco & Francesco Cortez Pinto não a deixa escapar nas ilustrações que fez para o vídeo. Mas se se sentir transportado para São Francisco não é apenas por as pontes de aquém e de além-mar partilharem cor e arquitectura, ou pelo sugestivo nome dos ilustradores: a letra é inspirada pelo clássico “Sitting on the dock of the bay”, de Otis Redding.

“Quando completei a melodia, e tal como fiz na maioria das outras canções deste disco, quis aproveitar a energia do momento e fazer imediatamente uma letra para a canção. Agarrei um livro de um dos montes que tenho à minha volta quando estou a fazer canções, abri-o numa página qualquer e calhou estar a letra do ‘Sitting on the dock of the bay’”, revela Flak em comunicado. “Aí pensei que era uma boa ideia transportar a baía de São Francisco para Lisboa à beira-rio. E é um programa mais ou menos comum no meu dia-a-dia, ir dar uma volta junto ao rio, apanhar sol e ver os barcos passar.”

Além de Benjamim (beat e mistura), o tema conta ainda com António Vasconcelos Dias (baixo), Rita Laranjeira (vozes) e Tiago Sousa (masterização). Uma ficha técnica que inclui o Estúdio do Olival, onde Flak gravou e produziu inúmeros discos ao longo destas últimas três décadas, entretanto extinto. Cidade Fantástica, que sucede a Flak (1998) e Nada Escrito (2015) na discografia do músico em nome próprio, é o último registo feito num estúdio por onde passaram Rádio Macau, GNR, Jorge Palma, Entre Aspas ou Micro Audio Waves.

O disco será apresentado ao vivo no Teatro-Cine de Torres Vedras a 6 de Outubro e no Teatro Ibérico, em Lisboa, a 8 e 9 de Novembro.

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