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Castelos Arco-íris: clássicos infantis recontados de forma inclusiva

A primeira leitura é já no sábado. Entre velhos contos e novas fábulas, a moral da história é sempre a mesma: falar de diversidade e inclusão.

Mauro Gonçalves
Editado por
Mauro Gonçalves
Escrito por
Lucas Corrêa
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O projecto é destinado a crianças, embora abranja toda a família. Chama-se Castelos Arco-íris e quer tornar as histórias infantis mais inclusivas. O primeiro momento acontece já no próximo sábado (18), em Lisboa, mas a iniciativa quer-se itinerante e já faz planos para percorrer o país com histórias infantis originais, mas também com contos tradicionais que todos conhecemos, sempre adaptados a uma realidade mais diversa. 

Promovido pelo Queer Art Labs (QAL), um projecto que promove, apoia e partilha o trabalho de artistas LGBT+ e com apoio do AMPLOS (Associação de Mães e Pais pela Liberdade de Orientação Sexual e Identidade de Género), a primeira edição acontece na Biblioteca do Palácio das Galveias, Campo Pequeno, às 15.00. A entrada é gratuita.

O Castelos Arco-íris quer abrir espaço para a diversidade com histórias mais inclusivas. Adaptados às idades das crianças, os contos falam sobre temas relacionados com orientação sexual e romântica, identidade de género, feminismo, masculinidade tóxica, expressão de género e diversidade na família.

“Se permitirmos que elas [as crianças] apenas absorvam uma cultura branca, cisgénero, heterossexual, super normativa, acabamos por não criar a empatia necessária e a consciência para outras realidades”, informa Ary Zara, que faz parte do Queer Art Labs. Com o apoio do Trumps, o QAL utiliza, desde Outubro, o espaço da discoteca para promover artistas LGBT+, seja com exposições, eventos, instalações, palestras, mostra de filmes e outras formas de expressão artística.

Nesta primeira edição do Castelos Arco-íris, espera-se um momento de diversão para os mais pequenos. Entre as histórias que farão parte deste primeiro repertório estão "Um Crocodilo de Vestido" e "A Peúga Arco-íris". Mas engana-se se pensa que o programa fica por aí. Lola Bunny, drag queen residente do Trumps, vai encarregar-se de uma das leituras, neste caso um clássico adaptado: "O Belo Adormecido".

À Time Out Lisboa, Ary Zara diz que as histórias estão a ser construídas aos poucos, trabalho que contará também com a participação dos públicos com os quais o projecto for contactando. Almada e Bragança são as próximas paragens, com apresentações marcadas para Janeiro e Maio, respetivamente. O culminar será a criação de um livro com 12 contos, que contará com a colaboração de diferentes autores e ilustradores, sempre ligados a comunidade LGBT+. Os lucros revertem para uma associação ainda a definir, mas de apoio à comunidade LGBT+.

Para participar no evento é preciso inscrição prévia através do e-mail queerartlab@trumps.pt.

Biblioteca Palácio das Galveias, Campo Pequeno. Sáb (18 de Dezembro) 15.00-16.00.

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