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Catch Me
Francisco Romão Pereira

Catch Me, ou a nova vida do Le Chat

Ao lado do Museu de Arte Antiga, com uma vista imbatível para o Tejo, o Catch Me nasceu no lugar do Le Chat e aposta nos almoços e nos jantares com uma carta completa e um chef na cozinha.

Cláudia Lima Carvalho
Escrito por
Cláudia Lima Carvalho
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Depois de mais de uma década como Le Chat, tudo mudou no espaço do Jardim 9 de Abril, mesmo ao lado do Museu de Arte Antiga. A inspiração vem do filme Apanha-me se Puderes (Catch Me If You Can, no original), de Steven Spielberg, com Leonardo DiCaprio e Tom Hanks. As cores são as da companhia de aviação da Pan Am e o menu, agora mais composto, é um convite a uma viagem, que se quer sem turbulência. A vista, essa, mantém-se intocável. 

Catch Me
Francisco Romão Pereira

A relação com o cinema não é novidade, não fosse o Catch Me do mesmo grupo – Os Suspeitos do Costume (outro filme) – que detém O Bom, O Mau e O Vilão e o Eat Pray Love, ambos no Cais do Sodré. O Le Chat, que já lhes pertencia, estava até a destoar. Mas não foi essa a razão da mudança. “Não é que antes não funcionasse bem, nós achávamos é que este espaço merecia mais. A carta funcionou bem durante muitos anos, mas o cliente também foi mudando e precisava de mais, muitas vezes pedia-nos mais”, diz Sérgio Costa Santos, um dos responsáveis, explicando que o Catch Me é por isso a evolução natural do Le Chat. 

Catch Me
Francisco Romão PereiraDadinhos de tapioca com geleia de piri-piri

A decoração – bem visível para quem conhecia o Le Chat, a começar desde logo pela nova pérgola no terraço, o ex-libris – é só parte dessa mudança. É na cozinha e na carta que o Catch Me quer marcar a diferença. “Queríamos de alguma forma representar os quatro cantos do mundo, queríamos que tudo o que estivesse à nossa volta, tal como a Pan Am, envolvesse viagem. A conta, por exemplo, vem dentro de uma malinha de viagem, e o menu é um pouco isso também.”

Catch Me
Francisco Romão PereiraTártaro de atum com abacate e molho de ostra

Dividida por “Embarque”, “Descolagem”, “Longo Curso”, “No Ar” e “Aterragem”, a carta foi pensada para servir todas as horas, mas acima de tudo para consolidar o Catch Me ao almoço e ao jantar. “Ao Le Chat associava-se muito o final de tarde, era um sítio onde se vinha beber umas bebidas, mas queremos mais”, aponta Sérgio, contando que para isso contaram com a ajuda do chef Lucas Aaron, nos comandos da cozinha. Os pratos têm influências do Brasil, de onde vem, mas também da Ásia e de Portugal, claro. 

Catch Me
Francisco Romão PereiraArroz de pato

Nas entradas, por exemplo, tanto há uns dadinhos de tapioca com geleia de piri-piri (9€), como um tártaro de atum com abacate e molho de ostra (12€) ou uma tábua de enchidos (13€). Já nos pratos principais, há agora um arroz de pato (19€) ou um polvo grelhado com batatas assadas no forno, legumes e azeite de ervas aromáticas (22€), continuando a existir pratos mais leves e rápidos como uma salada fresca com choco frito, maionese al nero di seppia e molho cítrico (10€), um prego em bolo do caco (12€) ou um hambúrguer (13€), também em bolo do caco. 

Catch Me
Francisco Romão PereiraPolvo grelhado

Nas sobremesas, destaca-se uma french toast com frutos silvestres, chantilly e mel em tosta de bolo do caco caseiro (5€) e um moelleux, por alguns chamado de petit gateau, com crumble e uma esfera de chocolate com gelado de morango (6€).

Catch Me
Francisco Romão PereiraFrench toast com frutos silvestres

“Agora falta-nos começar com o brunch. Estamos a estudar o que realmente vai funcionar”, atesta Sérgio Costa Santos, garantindo que, apesar desta aposta da cozinha, o Catch Me continua a ser um bom destino na cidade para beber um copo. “A parte dos cocktails até foi intensificada. Os purés são caseiros e os ingredientes frescos”, acrescenta, exemplificando com o cocktail que leva rum da Madeira William Hinton, tomate cherry, chilli, pimento vermelho, manjericão, xarope de açúcar e limão (10€).

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Francisco Romão Pereira

Nas noites de sexta e sábado, há DJs à noite e as mesas podem dar lugar à pista. Aos domingos, a aposta vai para a música ao vivo, do jazz às rodas de samba. “Sabemos que o Le Chat tinha um peso grande, mas quisemos fazer uma ruptura completa com o passado. Foram 13 bons anos, mas estava na altura de mudar.”

Jardim 9 de Abril (Santos). 21 396 3668. Dom-Qui 12.30-01.00, Sex-Sáb 12.30-02.00

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