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Museu do Oriente, porcelana
DRCafeteira 'O Holandês', circa 1730

Chá ou café? O Museu do Oriente serve a sua melhor porcelana

A 22 de Fevereiro, o museu inaugura um novo núcleo dentro da exposição permanente. Através de 209 peças de porcelana, é contada a história do comércio entre a China e o Ocidente, ao longo dos séculos.

Mauro Gonçalves
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Mauro Gonçalves
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A exposição "Presença Portuguesa na Ásia", em permanência no Museu do Oriente, está prestes a crescer. Um novo núcleo – entitulado "Porcelana Chinesa de Exportação – Antiga Colecção Cunha Alves" –, exclusivamente dedicado a este material com origem do outro lado do mundo, tem inauguração marcada para o dia 22 de Fevereiro, com 209 peças adquiridas pela fundação em 2018.

O espólio ajuda a contar a história dos fluxos comerciais do Oriente para o Ocidente, com peças que abrangem o período do século XVII ao século XIX, todas elas produzidas na China, decoradas ao gosto ocidental da época. Já o nome do núcleo deve-se ao coleccionador em questão, o diplomata Paulo Cunha Alves.

Cenas da vida marítima, a expansão da fé cristã, episódios mitológicos ou temas satíricos, anedóticos ou eróticos são os motivos que predominam na colecção. O mesmo conjunto de peças exibe uma diversidade cromática fruto das preferências da época – azul e branco era apenas uma das combinações mais frequentes, ao lado dos esmaltes da "família rosa", do preto e do sépia, do branco sobre branco ou do carmim e dourado.

Peça da antiga colecção Cunha Alves
© Martin OllmanPeça da antiga colecção Cunha Alves

"A chegada de Vasco da Gama à Índia, em 1498, e a conquista de Malaca, em 1511, marcam o início das encomendas de porcelana chinesa para o mercado ocidental, em que Portugal desempenhou um papel pioneiro. Cobiçada pelas elites europeias pela sua qualidade, a porcelana chinesa era exibida nos salões nos rituais sociais da hora do chá ou do café. Desenhos, pinturas e gravuras eram enviados para a China como modelos, copiados pelos artífices locais e transpostos para a porcelana", lê-se ainda no comunicado do museu.

Para ficar a conhecer melhor a colecção, nada melhor do que uma visita guiada pelo próprio coleccionador. Paulo Cunha Alves fará as honras do seu próprio espólio de porcelana, no dia 8 de Março, às 15.30, numa visita gratuita e aberta ao público.

Museu do Oriente, Doca de Alcântara Norte, Avenida de Brasília. 21 358 5200. Ter-Dom 10.00-18.00. 8€ (entrada gratuita Sex 18.00-22.00)

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