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Mariana Valle Lima

Colectivo Rua assina novo mural no Parque das Nações e antecipa Festival MURO

A 4.ª edição do MURO estava marcada para a semana entre 22 e 31 de Maio. Com o adiamento, a programação do festival será anunciada em Junho.

Escrito por
Francisca Dias Real
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O Festival MURO estava na agenda para Maio, mas a pandemia voltou a trocar as voltas ao calendário cultural da cidade e a próxima edição do evento decorrerá agora entre 3 e 11 de Julho. A 4.ª edição desloca-se para Oriente e terá o Parque das Nações como tela – local onde já podem ser vistas algumas obras. A mais recente é assinada pelo Colectivo Rua e fica no Casal dos Machados. 

Em Novembro do ano passado, o britânico D*Face dava o mote para mais uma edição do festival deixando na freguesia um mural gigante junto à Gare do Oriente, com pares de olhos marcantes que observam quem passa. Estava dado o primeiro passado para mais um MURO, organizado pela Galeria de Arte Urbana (GAU) da Câmara Municipal de Lisboa e nesta edição também em parceria com a Junta de Freguesia do Parque das Nações, que permitiu que o festival se estendesse a mais zonas do bairro. 

Ainda em Novembro, Hugo Cardoso, da GAU, dizia à Time Out que esta edição vinha “reforçar a ligação entre a arte urbana do bairro e a Expo 98, porque foi nessa altura, com Mega Ferreira, que surge a nomenclatura de arte urbana”. Até Julho, as pessoas vão tendo pequenas amostras daquilo que será o festival, tendo começado por D*Face e agora com a mais recente intervenção no Casal dos Machados numa empena de um prédio.

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Mariana Valle LimaColectivo Rua (Fedor, Oker, The Caver, Third, Contra e Draw)

O bairro será palco do núcleo da Multiculturalidade, e o mote está dado pelos portuenses do Colectivo RUA. A peça, que demorou cerca de uma semana a ser feita, envolveu o trabalho dos artistas Fedor, Oker, The Caver, Third, Contra e Draw (estes dois últimos formam também o projecto Ruído). 

O colectivo nasceu em 2006 e foi-se formando ao longo dos anos mas, diz Tiago (aka Fedor), que são “acima de tudo um grupo de amigos” – e, pela primeira vez, estão os seis, juntos, a pintar o mesmo mural. Mas como é que seis artistas diferentes pintam um mural coeso? “Cada um de nós acaba por ter um estilo diferente do outro, então começamos por criar individualmente elementos que estejam relacionados com o tema da multiculturalidade, neste caso, e que venham a ter potencial”, explica Tiago. “Depois disso, e como é uma obra de uma dimensão considerável, temos de encaixar as nossas peças num todo. Explorámos a coisa cada um à sua maneira, e no final fazemos a nossa composição. Cada um não limita o outro naquilo que vai fazer”. 

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De um encantador de serpentes a um comboio, de um elefante aos girassóis e até a uma colecção de “cromos do mundo” – representados pelos retratos de várias culturas e etnias do mural –, uma obra que oscila entre o realismo e o cartoon na Rua Padre Joaquim Alves Correia.

Os restantes núcleos estarão precisamente na Gare do Oriente, no Parque Tejo na área junto ao skate park (onde vão nascer novos campos de street basket) e na Avenida de Pádua, a propósito de um novo empreendimento. A programação completa do festival será divulgada em Junho. Até lá, já pode deitar olho nestas maravilhas de arte urbana.

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