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Paco Bigotes Lisboa
Francisco Romão Pereira

Com a mesma receita de sucesso, o Paco Bigotes aterrou em Lisboa

Restaurante mexicano que abriu no Estoril em 2019 tem uma segunda morada. Fica no Bairro Alto. Os tacos continuam a ser as estrelas da carta.

Cláudia Lima Carvalho
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Cláudia Lima Carvalho
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Depois do sucesso na Linha, em São Pedro do Estoril, o Paco Bigotes instalou-se também em Lisboa, com um restaurante em tudo parecido à casa-mãe. Fica em pleno Bairro Alto, a dois passos do Chiado. Está disfarçado, mas nem por isso escondido. O menu, esse, é exactamente o mesmo, das tostadas aos tacos que tanto têm fidelizado clientes.

“Nós sempre quisemos vir para Lisboa, mas o que nos trouxe para cá foram realmente os clientes que insistiam muito”, conta Natasia Ocejo, a mexicana que em 2019 deu forma ao Paco Bigotes, ao lado de Tiago Marques. “Temos muitos clientes que vão de Lisboa para o Estoril e pediam-nos por favor para vir para Lisboa. Tínhamos aberto um pop-up em Peniche e na Ericeira com o Selina e, quando terminou essa parceria, sabíamos que tinha que se seguir Lisboa”, continua a responsável, explicando que “encontrar o sítio perfeito” levou o seu tempo. “Queríamos um sítio que não fosse muito grande. Queríamos manter a mesma essência do Estoril.”

Paco Bigotes Lisboa
Francisco Romão Pereira

Em Lisboa, no número 139 da Rua da Misericórdia, o toldo anuncia o restaurante, mas esconde a sala, que fica no piso inferior. “O espaço é quase uma réplica. Nós queríamos fazer tudo praticamente igual. É um bocadinho maior, mas não muito. E, à entrada, em cima, quisemos deixar o bar e fazer uma espécie de sala de espera para que as pessoas não fiquem na rua como acontece no Estoril. Aqui, podem beber umas margaritas ou um mezcal num ambiente mais descontraído”, diz, sempre entusiasmada, Natasia.

Olhando para 2019, quando tudo começou, ainda custa à empresária mexicana acreditar no caminho conquistado. Quase cinco anos depois, não se imaginou aqui, já com dois restaurantes abertos. “Foi fruto de muito tempo, muita dedicação, muito amor. No início, fizemos tudo sozinhos, eu, o meu marido e o meu sócio. Acho que todo esse amor e carinho foram projectados para as pessoas que nos visitavam.”

Uma relação de confiança que acaba até por se reflectir no menu, igual nos dois sítios. “Os favoritos ficam sempre”, revela Natasia, exemplificando com a tostada de atum (9€), perfeita para partilhar. “Essa não sai da carta, mas a outra sempre vai rodando”, explica, referindo-se à tostada de polvo e camarão (9€). “Por exemplo, fazemos sempre uma viagem ao México e também nos inspiramos, vamos a muitos sítios, provamos coisas novas e trazemos já outras receitas da família para poder fazer mudanças”.

Paco Bigotes Lisboa
Francisco Romão PereiraTaco bistec

Os tacos que tanto deram fama à casa mantêm-se as estrelas do Paco Bigotes. “A verdade é que os clássicos não os mudamos porque também são a nossa identidade. São os pratos com os quais nos identificamos, são os pratos que nos lembram de casa. E os clientes também já nos procuram por isso”, acredita. “Impressiona-me como temos clientes que podem ir todas as semanas, às vezes duas por semana, e não se cansam de comer as mesmas coisas”, ri-se Natasia, contando que quando abriram o primeiro restaurante o taco mais vendido foi durante muito tempo o bistec (8€), de carne grelhada com queijo fundido e cebola. “Eu acho que as pessoas vinham mais desconfiadas e jogavam pelo seguro. Hoje, acho que o bistec é o quinto da lista [de preferências].” À frente estão opções como o birria (7€), com carne de osso buco cozida no seu caldo com especiarias, ou o taco de camarão em molho chipotle especial com queijo, feijão-preto e abacate (7,50€). “Isto acontece também porque sempre dissemos: provem este, se não gostarem trocamos, mas confiem em nós.” O resultado está à vista – e no menu não faltam ainda o guacamole (€), as quesadillas (5€) ou as enchiladas verdes (7€), mais quatro sobremesas, como os churros (4,5€) ou o bolo de milho com coulis de goiaba (4,5€).

Paco Bigotes Lisboa
Francisco Romão PereiraTaco Gobernador

Falta agora acontecer o mesmo fenómeno com o mezcal, defende Natasia. “O que tem mais saída é a tequila [3,5€-7€] e as margaritas [6€]. No entanto, temos puxado muito por introduzir o mezcal [4,5€-9,5€] em Portugal porque é uma bebida incrível. A tequila e o mezcal são feitos da mesma planta, mas o processo de produção é o que faz a diferença. E o mezcal ainda é feito de forma artesanal. É um processo lindo”, aponta, destacando ainda os cocktails e as cervejas – é nesta última selecção que aparece um inusitado “clamato” (6€), que mais não é do que uma espécie de cocktail com cerveja, lima, salsa de tomate e mistura de temperos picantes. “Bebemos muito no México, encontra-se em todo o lado, é óptimo para a ressaca”, aconselha Natasia. Resta confiar, outra vez.

Rua da Misericórdia 139 (Bairro Alto). 21 050 0249. Seg-Dom 12.00-23.30

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