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©Manuel MansoArraial Voz do Operário

Com concertos, arraiais e marchas, as Festas de Lisboa estão de volta

De 28 de Maio a 30 de Junho a cidade enche-se de arraiais, sardinhas e bailaricos. Mesmo com o aumento de casos de Covid-19 registados nas últimas semanas, “Lisboa tem de estar aberta”, diz Carlos Moedas.

Joana Moreira
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Joana Moreira
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Dois anos depois de uma paragem forçada, as Festas de Lisboa regressam para valorizar aquilo que Lisboa tem de melhor e não esquecer o que realmente importa. A programação, apresentada sexta-feira na Casa do Concelho de Tomar, em Lisboa, inclui concertos, cinema, teatro, exposições, arraiais e tronos de Santo António. As festividades arrancam a 28 de Maio e estendem-se até 30 de Junho. 

É um mês de festas em Lisboa e arranca com música. Tito Paris celebra 40 anos de carreira e fá-lo nos jardins da Torre de Belém, logo no dia 28 de Maio. O músico e compositor cabo-verdiano reúne várias vozes e artistas no espectáculo O que nos Une, uma mensagem colectiva de esperança que importa sublinhar no actual contexto de guerra que ensombra o mundo. Na apresentação à imprensa, Joana Gomes Cardoso, presidente da EGEAC, reconhece a ironia de estar a preparar festas quando sabemos que não muito longe daqui há civis inocentes a ser alvo de extrema violência.

Poucos dias depois, as Marchas Populares tomam conta do calendário, com as habituais exibições na Altice Arena, nos dias 3, 4 e 5 de Junho, a partir das 21.00. Como manda a tradição, as marchas voltam também à Avenida da Liberdade na noite de Santo António, a partir das 21.45. A Marcha Popular de Vale de Açor é a convidada desta edição, marcada também pela participação, pela primeira vez, da Marcha Infantil das Escolas de Lisboa. 

Além dos habituais arraiais e há muitos, com música, bailarico, caldo verde e sardinhas  as noites de fado também estão de regresso. Acontecem no Castelo São Jorge, a 17  de Junho, com Ricardo Ribeiro e o pianista de jazz João Paulo Esteves da Silva, e a 18, com Teresinha Landeiro, Agir e Mimi Flores. Ambos os concertos começam às 22.00 e são de entrada livre, mediante levantamento prévio de bilhete.

Outro dos destaques da programação é a Festa da Diversidade, que nos dias 18 e 19 de Junho ocupa a Ribeira das Naus. A iniciativa, promovida pela associação SOS Racismo em parceria com outras organizações, traz para o espaço público o trabalho desenvolvido por muitas associações e artistas periféricos, lê-se no folheto das Festas de Lisboa, que também anuncia o Arraial Lisboa Pride que, no dia 25 de Junho, na Praça do Comércio, celebra a visibilidade e resistência das pessoas LGTBQ.

O encerramento das Festas de Lisboa acontece também na Praça do Comércio, a 30 de Junho, com o espectáculo Cheira a Lisboa. Será ali a celebração dos 100 anos do Parque Mayer, berço das Marchas Populares, com a recriação de 22 temas clássicos da música popular com uma nova roupagem e acompanhados pela Orquestra Metropolitana de Lisboa. O alinhamento inclui temas como “Santo António”, de João Villaret, que foi alvo de censura em 1956.

Número de casos de Covid-19 não pára festividades 

Questionado pelo aumento de casos de Covid-19, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa reconhece os números, mas defende que estamos num momento muito diferente do passado e que aprendemos com a pandemia que podemos viver com um vírus. Aquilo que são os casos de hoje não tem comparabilidade com os casos noutras vagas do Covid. A Covid está a tornar-se endémica mesmo com esses números, disse aos jornalistas. Lisboa tem de estar aberta, rematou. 

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