A Time Out na sua caixa de entrada

Procurar
Need For Speed Unbound
DRNeed For Speed Unbound

Conduzir raramente é tão prazeroso como em ‘Need For Speed Unbound’

Passados dez anos, ‘Need For Speed Unbound’ volta a colocar a Criterion ao volante da franquia automóvel da Electronic Arts. Fomos a Londres experimentar o novo jogo.

Luís Filipe Rodrigues
Escrito por
Luís Filipe Rodrigues
Publicidade

Nunca se deve julgar um livro, nem um jogo, pela capa. Mas, às vezes, elas dão pistas do que livros e caixas guardam lá dentro. É o caso da colorida capa de Need For Speed Unbound, cujos elementos visuais são replicados no jogo. O realismo e a fidelidade visual dos carros e dos cenários fundem-se com uma estética inspirada por anime e street art, que molda os protagonistas e certas animações. Apesar de os carros e as roupas terem marcas conhecidas, há uma jovialidade e uma acessibilidade que separam o jogo dos simuladores de condução que dominam o sector, e isso começa na capa.

De certa forma, Need For Speed Unbound existe numa liga só sua. E isso faz muito sentido. A Electronic Arts (EA) controla, hoje, algumas das mais populares franquias automóveis e não quer que elas concorram entre si, o que a levou a fundir estúdios e cancelar alguns jogos desde o ano passado. Este é o mais recente testemunho dessa reorganização. 

Os estúdios Ghost, que nos últimos dez anos tinham sido responsáveis pelos principais títulos da franquia, foram relegados para um papel de apoio a outras produções, e a Criterion, conhecida pelos bem-amados e espirituosos jogos de carros da série Burnout, voltou a ser colocada ao volante deste e dos próximos Need For Speed. Ao mesmo tempo, absorveu a filial de Cheshire da Codemasters, uma editora com muitos anos de experiência neste sector adquirida no ano passado pela EA.

O novo jogo pertence à mesma linhagem que os velhos Burnout e os anteriores Need for Speed: Hot Pursuit (2010, remasterizado em 2020) e Need for Speed: Most Wanted (2012), os dois títulos desta franquia concebidos integralmente pela Criterion na década passada. Não se leva muito a sério e esforça-se por agradar a quem não tem muita paciência para simuladores desportivos, mas não se importa de acompanhar a saga Velocidade Furiosa quando os filmes passam na televisão. 

O foco, como sempre, são as corridas de rua; quer no modo narrativo, que acompanha o jogador numa metrópole inspirada em Chicago, por onde é possível guiar livremente e participar em desafios; quer no modo online. Há drifts furiosos e injecções de nitro, tudo acompanhado por uma banda sonora carregada de trap e hip-hop. E a sensibilidade dos comandos e da condução pode ser calibrada para que ninguém se sinta de fora. Dá gosto conduzir um jogo assim.

Disponível para PC, PlayStation 5 e Xbox Series X/S

+ ‘The Last of Us’ vai ser uma série de televisão e já tem data de estreia

+ ‘God of War Ragnarök’ faz tudo o que o seu antecessor fez, só que melhor

Últimas notícias

    Publicidade