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Grab Good Goods
© Arlei LimaGrab Good Goods, no Chiado

Design nacional a preço de saldo. A Grab Good Goods abriu no Chiado e veio para ficar

Depois de algumas passagens por Lisboa, sempre como loja pop-up, a Grab Good Goods tem agora uma morada definitva. Lá dentro, há designers de moda nacionais e marcas estrangeiras a preços de saldo.

Mauro Gonçalves
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Mauro Gonçalves
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A primeira visita deste projecto portuense a Lisboa foi em Março de 2019. A pop-up store da Rua do Carmo coincidiu com uma das edições da ModaLisboa e foi um verdadeiro sucesso. Na mala, trouxe peças únicas de criadores de moda portugueses sediados no Norte, com descontos que chegavam aos 80%. A filosofia mantém-se – a diferença é que, depois de mais três pop-ups (na Rua do Alecrim), a Grab Good Goods abriu uma loja no Chiado, desta vez para ficar.

"O Porto tem um mercado um bocado mais pequeno e já habituamos as marcas a um certo movimento e a resultados que lá não conseguimos tão facilmente", explica Diogo Lima, cujo percurso profissional como agente têxtil o aproximou do mundo das fábricas, mas também dos criativos portugueses.

Para o mentor do projecto, abrir um espaço permanente foi um passo natural. O sucesso das lojas temporárias (as últimas edições em Lisboa chegaram a atrair clientes do país vizinho) e a dificuldade em encontrar espaços disponíveis para alugueres de curta duração deram o empurrão que faltava para que a Grab Good Goods ganhasse uma morada fixa.

Lá dentro, há centenas de peças de roupa e acessórios. Estão organizados por cores e distribuídos por dois andares, com destaque para cerca de dez designers portugueses, entre eles Gonçalo Peixoto, que por estes dias exibe lantejoulas e transparências de colecções passadas no Chiado, Ricardo Andrez, Luís Buchinho e David Catalán. A melhor parte é mesmo quando se olha para a etiqueta – os descontos podem chegar aos 80%. Como são maioritariamente amostras, muitas peças só têm um tamanho. É rezar para servir.

"Via que os meus amigos [designers] faziam sample sales, mas separados. Usavam todos o mesmo espaço, mas eram eventos desfasados. Se juntasse a oferta de todos – porque têm sempre stock disponível – num só espaço, as pessoas poderiam comprar mais", afirma ainda Diogo, agora exclusivamente dedicado à nova loja.

Mas nem só de moda nacional é composta esta loja. Há grandes marcas internacionais a espreitar nos charriots, entre elas a badalada Loewe, a sueca Acne Studios ou a colorida Pangaia. "Já temos marcas de fora também a entrar, não só através de restos de retalhistas, mas também através dos próprios designers. A Sara Wong é uma delas – uma designer que participou no LVMH Fashion Prize. Se antes não fazia tanto sentido eles enviarem as coisas para depois as terem de volta ao fim de um mês, agora conseguimos trabalhar de forma mais prolongada", resume.

A arte é o toque final. As telas de Ana Malta, obras de escala e cor, preenchem as paredes brancas, enquanto a cerâmica de RitaGT ocupam uma vitrine ao longo das escadas. Tal como a roupa, tudo está à venda.

Com o Verão, vem uma maior rotatividade na selecção de peças e marcas, mas também um aumento do público estrangeiro. "Estamos a pôr os designers em contacto com um novo público. Nota-se uma grande afluência de turistas que, muitas vezes, deixam as marcas internacionais para levar peças portuguesas. É o que as pessoas procuram mais." Os portugueses também entram, muitas vezes atraídos pelos nomes mais sonantes. Uma vez lá dentro, acabam quase sempre por se surpreender com a criatividade dos designers emergentes.

Rua António Maria Cardoso, 41A (Chiado). Seg-Sáb 10.00-19.00

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