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É assim o rosto de uma mulher que viveu na Amadora há mais de 2000 anos

Um projecto arqueológico da Câmara Municipal da Amadora descortinou o rosto de uma habitante da Amadora, quando era ainda romana. Uma reconstituição que pode ser acompanhada em vídeo.

Renata Lima Lobo
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Renata Lima Lobo
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Há mais de 2000 anos, a Amadora era dos romanos, um povo que ali deixou bem mais que a sua impressão digital. Agora, graças a um projecto de investigação municipal mais alargado chamado “PERA – Povoamento em Época Romana na Amadora”, foi divulgada uma aproximação facial de uma cidadã da época.

A presença romana na Amadora é assunto sabido, mas há sempre muito para escavar. Só entre 2017 e 2020, decorreram seis escavações no sítio arqueológico do Moinho do Castelinho, na Estrada da Falagueira, que continuaram a explorar a necrópole romana da villa da Quinta da Bolacha, actualmente com 41 sepulturas descobertas. Numa delas encontraram o ponto de partida para o projecto “Dar Rosto à Villa”, iniciado em 2019 para ensaiar uma aproximação facial a partir de um crânio encontrado numa sepultura no Moinho do Castelinho.

reconstrução facial
©Filipe FrancoRosto de uma mulher romana da Amadora

A operação esteve a cargo do ilustrador Filipe Franco, Mestre em Anatomia Artística pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, mas para chegar ao resultado final foi criada uma equipa que envolveu investigadores da Universidade de Coimbra (na área da antropologia biológica), Universidade de Viena (análise de ADN) e também do Museu Nacional de História Natural e da Ciência, da Universidade de Lisboa (digitalização do crânio e mandíbula). A coordenação esteve a cargo de Gisela Encarnação e Vanessa Dias, arqueólogas da Câmara Municipal da Amadora e Museu Municipal de Arqueologia.

Veja o vídeo:

Aproveite para saber mais e visitar o Museu Municipal de Arqueologia, dedicado à preservação, estudo, valorização e divulgação do património histórico e arqueológico do município da Amadora. Está dividido em vários espaços, como o Núcleo Museográfico do Casal da Falagueira, onde pode ver a exposição temporária "Reflexos da vida e da morte no Moinho do Castelinho", resultado das escavações decorridas em 2017 e 2018 no âmbito do PERA.

Núcleo Museográfico do Casal da Falagueira - Beco do Poço, Falagueira - Venda Nova. 21 436 9090. Ter-Sáb 09.00-13.00, 14.00-17.00. Bilhete normal: 1€ (gratuito ao sábado de manhã)

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