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Em Maio, CCB viaja pelas encruzilhadas da história e da alimentação

Entre 3 e 31 de Maio, o ciclo "O Gosto dos Outros, 5 Viagens Gastronómicas" propõe-se a debater e explorar temas distintos "que vivem sob a égide da gastronomia".

Sebastião Almeida
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Sebastião Almeida
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A alimentação é considerada uma actividade essencial, mas alguns olham para esse acto como uma investigação que dura uma vida inteira. Abordando o tema a partir dessa perspectiva curiosa, em que não há certo nem errado, o Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, convida cinco personalidades a debaterem temas distintos “que vivem sob a égide da gastronomia”.

Entre 3 e 31 de Maio, o ciclo “O Gosto dos Outros, 5 Viagens Gastronómicas” percorre “as encruzilhadas da história e da antropologia da alimentação”. O chef André Magalhães, d’A Taberna das Flores, Dulce Freire, coordenadora do projecto ReSeed, João Paulo Martins, jornalista e crítico de vinhos, Fátima Moura, autora do livro Do Cacau ao Chocolate e a historiadora Isabel Drummond Braga são os convidados das sessões que se realizam todas as segundas-feiras do mês, às 18.30, na sala Ribeiro da Fonte.

O programa arranca com a conferência de André Magalhães a 3 de Maio. O chef aborda o tema do sabor dos alimentos e a percepção que se tem deles através das experiências sensoriais. Na semana seguinte, Dulce Freire fala sobre “As sementes e as plantas viajantes” e sobre o papel que Portugal poderá vir a ter na alimentação do futuro, tendo como base uma análise ao cenário agrícola vivido no país entre os séculos XVI e XX.

A 17 de Maio, conversa-se sobre vinhos. João Paulo Martins dá a conhecer como os vinhos se moldam no tempo, mais concretamente o de Madeira, Porto ou Champanhe, cujo perfil foi-se ajustando “aos mercados que os procuravam”. Na sessão seguinte, a 24 de Maio, Fátima Moura explica como “uma pequena fava de aroma simples deu origem a uma bebida ancestral, amarga e temperada com malaguetas, que era uma experiência metafísica e inebriante no seu perfume incomum”. Falamos do cacau, e de como este transformou em chocolate. Em “O Cacau: De líquido amargo a doce sólido”, a autora compara este produto ao vinho, sendo possuidor também de terroirs que o permitem apreciar devidamente.

Por fim, a viagem termina com uma conversa sobre a doçaria portuguesa e como pode ser entendida como uma influenciadora social. Recorrendo à História, Isabel Drumond Braga explica como o comércio do açúcar foi um “valioso ingrediente” e como acabou por ser essencial para a criatividade da doçaria nacional.

Os bilhetes encontram-se à venda no site do CCB. O bilhete para as cinco sessões tem o valor de 25€; por sua vez, o bilhete individual fica por 6€. As sessões serão moderadas por Fortunato da Câmara, jornalista e crítico gastronómico do Expresso.

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