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o maior aquário móvel da Europa
© Francisco Romão Pereira / Time OutO Fluviário Vai à Escola, o maior aquário móvel da Europa

Este fluviário móvel é o maior da Europa e anda a percorrer o país

São 14 metros de comprimento, 22 mil litros de água e mais de dez espécies de peixes, de carpas koi até percas europeias.

Raquel Dias da Silva
Escrito por
Raquel Dias da Silva
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Foi no Dia Mundial do Ambiente, 5 de Junho, que o vimos pela primeira vez, no Parque Multidesportivo Naide Gomes, em Odivelas, antes de seguir viagem para Olhão, no Algarve. Mas o maior aquário móvel da Europa já anda por aí há algum tempo. O seu poiso habitual é em Alcobaça, onde nasceu o projecto O Fluviário Vai à Escola, que tem percorrido escolas de norte a sul do país, para apresentações lúdico-pedagógicas e interactivas. A missão é simples, mas importante: dar a conhecer a diversidade do mundo subaquático fluvial e consciencializar para a preservação dos ecossistemas e das espécies que neles habitam.

O Fluviário Vai à Escola
© Francisco Romão Pereira / Time OutO Fluviário Vai à Escola, o maior aquário móvel da Europa

“Percebemos, em conjunto com um grande amigo nosso, a importância e a necessidade de trazer para Portugal um projecto com um valor educacional e ambiental imenso”, diz-nos Alexandre Tomás, gestor do projecto, que arrancou ainda em tempos de pandemia, com um aquário gigante (14 metros de comprimento e 22 mil litros de água) instalado num semireboque. “Rapidamente começámos a ser solicitados pelas escolas e municípios, porque uma das grandes vantagens foi precisamente o evento ser móvel e não exigir a deslocação das crianças, garantindo assim as bolhas sanitárias. Desde então, tem sido um sucesso.

Orientadas pelo educador ambiental Lúcio Pimpão (soa a nome artístico inspirado nos peixes Pimpão, que são muito sociáveis), as sessões lúdico-pedagógicas são pensadas para escolas, mas normalmente ocorrem ao ar livre e são de acesso gratuito – para usufruir da experiência, basta aparecer no local (a lotação é de 140 lugares sentados). Uma apresentação tem aproximadamente 60 minutos e as temáticas abordadas vão desde o perigo da poluição nos rios até à diversidade da fauna e flora aquáticas. Além disso, os espectadores têm também a oportunidade de explorar a Galeria de Sensações, onde têm contacto directo com modelos sensoriais e anatómicos, para aprenderem a identificar através da visão e do tacto os diferentes tipos de escamas, peles e anatomias.

o maior aquário móvel da Europa
© Francisco Romão Pereira / Time OutO Fluviário Vai à Escola, o maior aquário móvel da Europa

“Podes tocar-me. Sente a minha pele” ou “Podes tocar-me. Sente as minhas escamas”, lê-se nas placas estrategicamente colocadas ao lado dos exemplares de peixes – falsos, claro; os verdadeiros estão dentro do aquário. De carpas koi, mais especificamente Nishikigoi, até percas europeias ou aos predadores de água doce Esox lucius, contam-se mais de dez espécies em exibição. Destacam-se também, por exemplo, as carpas comuns e as carpas espelhadas, ambas originárias de grandes lagos e rios da Ásia, Europa e África, onde as populações selvagens enfrentam risco de extinção. Mas talvez fique feliz em saber que também poderá ver percas-sol, um peixe existente em grande escala no Alentejo e outras regiões de Portugal, e esturjões, que compõem uma das mais antigas famílias de peixes ósseos existentes.

Se está a perguntar-se de onde vieram os peixes e se vivem uma vida feliz, não se preocupe. O fluviário-mãe está alojado junto à nascente do rio Alcôa, em Alcobaça, de forma a garantir a saúde e o bem-estar de todos os envolvidos, e o fluviário-móvel não só tem um certificado de homologação, como a equipa responsável – composta por professores e muitos outros especialistas – tem licença de transporte de peixes vivos.

“Terminamos sempre as nossas apresentações ambientais com um truque de magia onde os mais jovens e o nosso educador ambiental reflectem sobre a nossa influência para a preservação do planeta”, revela Alexandre, que desafia as escolas e os munícipios de todo o país a descobrir o projecto e as suas actividades complementares, que vão desde workshops até peças de teatro temáticas. Depois de marcar presença nos municípios de Alcochete, Armamar, Odivelas e Olhão, o projecto O Fluviário Vai à Escola ruma à Torre de Moncorvo, em Bragança, onde estará entre 23 e 25 de Junho. “Serão anunciadas mais datas em breve nas nossas redes sociais.” Quem sabe, se não voltará a haver sessões perto de Lisboa.

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