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Festivais de música portugueses juntam-se pelo ambiente

Renata Lima Lobo
Escrito por
Renata Lima Lobo
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Declareacção é uma iniciativa que junta promotores de festivais de música de todo o país em torno da emergência climática.

Uma campanha de comunicação conjunta centrada nos 17 Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) definidos pela ONU foi divulgada nesta terça-feira com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa, que se junta a uma ideia criada por Roberta Medina. A famosa cara do Rock in Rio conseguiu juntar num só espaço alguns dos principais promotores de festivais de música portugueses. Todos vão-se unir na Declareacção, uma iniciativa centrada no poder de comunicação de cada um dos festivais em prol de um mundo mais sustentável.

Num primeiro momento serão abertas as candidaturas a jovens activos nas suas comunidades que queiram participar na iniciativa, no sentido de criar um colectivo nuclear desta acção ambiental que vai começar por andar à volta dos GIF. Sim, essas imagens em movimento que sobreviveram desde o final dos anos 80 e que hoje são uma das ferramentas mais utilizadas pelos internautas para comunicar.

Serão assim criados 17 GIF, na sequência de um workshop que arranca em Fevereiro, cada um relacionado com um ODS, da gestão sustentável da água e saneamento à igualdade de género. GIF que serão partilhados pelas redes sociais, convidando a navegação a juntar-se a esta causa pelo ambiente, dos espectadores aos artistas que sobem ao palco de cada festival. Roberta Medina diz que o objectivo é fazer uma geração inteira (a Z) declarar acção. “Mais que uma partilha é um convite para que cada um de vocês se aproprie deste movimento. Um movimento que não tem marca de ninguém, é de todo o mundo”, diz a empresária brasileira, que confessou se ter inspirado na Capital Verde Europeia para lançar o desafio à sua própria concorrência. E a concorrência são festivais como o NOS Alive (Oeiras), o EDP Cool Jazz (Cascais), o Festival F (Faro), o EDP Vilar de Mouros, o RFM SOMNII (Figueira da Foz), o Meo Sudoeste (Zambujeira do Mar), o Sumol SummerFest (Ericeira), o Super Bock Super Rock, o Super Bock em Stock (Lisboa) ou o Vodafone Paredes de Coura. E mais se poderão juntar ao grupo fundador, tanto em Portugal como em todo o mundo.

Álvaro Covões (da Everything is New) reforçou o poder de comunicação em Portugal dos festivais com o facto de o país ter o maior número de festivais per capita e avança números: só em 2019 houve 287 festivais de música, com um total de 2,1 milhões de espectadores dentro dos recintos.

O presidente da Câmara de Lisboa também marcou presença para reforçar a mensagem. “Este movimento tem uma enorme importância política e social. São uma extraordinário canal de comunicação e de ampliação desta mensagem”, defende Fernando Medina. E deixa o desafio: “Para podemos exigir aos outros temos de fazer a nossa parte”.

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