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Agustina Bessa-Luís
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Gulbenkian dedica um dia inteiro à vida e obra de Agustina Bessa-Luís

As comemorações do centenário de Agustina Bessa-Luís arrancam a 18 de Outubro, com um dia inteiro de actividades grátis.

Raquel Dias da Silva
Escrito por
Raquel Dias da Silva
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Agustina Bessa-Luís, nome maior da ficção portuguesa do século XX, completaria 100 anos no próximo dia 15 de Outubro. Para assinalar o seu centenário, a Fundação Calouste Gulbenkian vai dinamizar um programa abrangente e de entrada livre, que inclui debates, música, uma leitura encenada e uma exposição.

A abertura está marcada para as 10.00, com o colóquio “O riso de todas as palavras” a arrancar pelas 10.30. Como esclarece a comissária Inês Fonseca Santos em comunicado, o mote é retirado do texto de Maria Velho da Costa, Maria Agustina, a trânsfuga, publicado na revista Colóquio-Letras (n.º 187), e remete para “o riso do espanto e da sabedoria, o riso da infância e da ancestralidade, mas também, o do humor, da ironia e de um certo desdém”. O primeiro painel convidado inclui António M. Feijó, Clara Ferreira Alves e Pedro Mexia, com moderação de Susana Moreira Marques, e vai explorar precisamente essa temática.

No segundo painel, às 14.30, Rita Taborda Duarte e José António Gomes, com moderação de Sara Figueiredo Costa, debatem um outro tema que percorre a obra de Agustina Bessa-Luís, que é “O rio da infância”. No terceiro painel, dedicado à “Mulher: ser completo, princípio e fim”, reúnem-se Maria João Seixas, Catherine Dumas e Clara Pinto Caldeira. Antes da conversa, haverá ainda um momento musical com a fadista Mísia, que vai cantar “Garras dos Sentidos”, criado a partir de um poema que Agustina Bessa-Luís escreveu para a cantora. A acompanhar vão estar os músicos Bernardo Romão (guitarra portuguesa) e João Filipe (viola).

A encerrar o programa conte com uma leitura encenada por João Sousa Cardoso, com interpretação de Ana Deus, inspirada no livro A Ronda da Noite, a derradeira obra de Agustina publicada em vida. “Nela, a escritora debruça-se sobre a geografia do país profundo, a relação da cultura portuguesa com as sociedades do Norte (a britânica e a holandesa em particular) e o comércio, em que se urde a ideia de civilização e os ofícios da arte”, lê-se em comunicado. “Um espetáculo que comprova a singularidade de Agustina enquanto intérprete da história das imagens e da modernidade europeia."

Ainda no âmbito do centenário de Agustina Bessa-Luís, será inaugurada a exposição “Reflexos duma luz”, que reúne dez ilustrações de personagens femininas de diferentes obras da autora, criadas especialmente para a ocasião e da autoria de uma dezena de ilustradores – Alain Corbel, Cláudia R. Sampaio, João Fazenda, João Maio Pinto, Luis Manuel Gaspar, Mantraste, Pedro Lourenço, Sebastião Peixoto, Susa Monteiro e Tiago Manuel.

Fundação Calouste Gulbenkian, Avenida de Berna, 45A (Edifício Sede, Auditório 2). 18 Out, Ter 10.00-20.00. Entrada livre

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