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Há jogos tradicionais para redescobrir num novo livro

Vera Moura
Escrito por
Vera Moura
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"Antigamente é que era!" A expressão que os mais velhos insistem em repetir é capaz de receber um revirar de olhos dos miúdos. Mas, desta vez, garantimos que vale a pena viajar no tempo para conhecer as brincadeiras do passado à boleia do novo livro Os Jogos da Minha Infância, que chegou às livrarias mesmo a tempo do Dia dos Avós.

Lembra-se da última vez que jogou à carica? E à macaca ou ao pião, à cabra-cega ou à corda? Há quanto tempo não faz pontaria com um berlinde, malabarismos com um prego na praia ou uma corrida com pneus? No Dia dos Avós, esta sexta-feira, o Palácio Baldaya desafia as famílias a alinharem numa actividade gratuita (mas com inscrição obrigatória) que se chama “Jogos de Ontem, Brincadeiras de Hoje”. A partir das 16.30, alfacinhas maduros e alfaces verdinhas são convidadas a fazer a dança das cadeiras, a atirar bolas a latas e a fazer a corrida de sacos.

Eles não fazem ideia do que é a corrida de sacos porque passam a vida agarrados ao tablet? O novo livro Os Jogos da Minha Infância, da editora Guerra e Paz (112 págs, 9€), dá uma ajuda, descrevendo as regras desta e de outras brincadeiras tradicionais:

“1. Define-se a distância a percorrer e as linhas de partida e de chegada. Cada jogador vai para dentro do seu saco (preferencialmente de serapilheira), mantendo-se na posição vertical, e segura-o com as duas mãos. 2. Ao sinal de partida, inicia-se a corrida dentro dos sacos. Ganha o primeiro a atingir a meta. Quem sair de dentro do saco durante o percurso será desclassificado.” Simples e divertido.

Os Jogos da Minha Infância

Deixamos-lhe mais três jogos tradicionais do livro para brincar com os avós esta sexta-feira ou para aproveitar as férias grandes ao ar livre – e longe, muito longe do tablet.

Macaquinho do Chinês

Para 3 ou mais jogadores.

1. Procura-se um local com uma parede (ou muro) e livre de obstáculos. Marca-se uma linha de partida paralela à parede, a uma distância de 12-15 metros.

2. Escolhe-se um dos jogadores para ficar virado para a parede, de costas voltadas para os outros jogadores, enquanto estes se posicionam junto à linha de partida.

3. Para iniciar o jogo, o jogador junto à parede deve dizer rapidamente “1, 2, 3, macaquinho do chinês!” enquanto bate ritmicamente com as palmas das mãos na parede. Ao mesmo tempo, os restantes deslocam-se o mais depressa possível em direcção à parede.

4. Assim que o jogador junto à parede acaba de dizer a frase, volta-se para os outros jogadores, tentando apanhá-los ainda em movimento. Por isso, estes devem ter muito cuidado, parando assim que a frase termina, pois, se forem vistos a mexer-se, regressam à linha de partida.

5. O jogador junto à parede volta-se de novo para esta e repete a frase, enquanto os outros tentam avançar mais, em direcção à parede. Ganha o primeiro que conseguir chegar à parede e tocar nela sem ser visto.

Camaleão

 Para 3 ou mais jogadores.

1. Escolhe-se um jogador para ser o “camaleão”, que ficará a alguns passos de distância dos outros no início do jogo.

2. Para começar, o “camaleão” grita: “Camaleão!” Os outros jogadores perguntam: “De que cor?”

3. O “camaleão” responde com a cor que quiser (por exemplo, azul), e corre para apanhar um dos jogadores, enquanto todos fogem, procurando algo que tenha a cor seleccionada. Se tocarem em algum objecto com essa cor, ficam a salvo do “camaleão”, que não os pode apanhar, mesmo que os alcance. O que for apanhado passa a ser o próximo “camaleão”.

4. Se o “camaleão” responder “cor de burro quando foge” em vez de uma cor, os jogadores devem ficar quietos, não podendo fugir. Neste caso, quem se mexer perde e passa a ser o novo “camaleão”.

Macaca

Para 2 ou mais jogadores.

1. Com o giz, desenham-se 8 quadrados no chão, dispostos e numerados.

2. O primeiro a jogar atira a pedra para a primeira casa. Ao pé-coxinho, salta de casa em casa, sem pisar a que tem a pedra. Nas casas 4 e 5 e 7 e 8, pode pousar os dois pés em simultâneo. Faz o percurso todo até à última casa e regressa, apanhando a pedra. Deve repetir o mesmo processo até chegar ao último patamar.

3. Quem se desequilibrar, tocar nas linhas da macaca, deixar cair a pedra ou não acertar com a pedra na casa do número correcto, perde. Quando um jogador conseguir percorrer todas as casas, deve colocar-se no fim da macaca, de costas, e atirar a pedra para uma casa qualquer. A partir desse momento, apenas esse jogador poderá pisar essa casa e descansar nela. Ganha quem conseguir mais casas.

+ Já tratou das actividades para as férias dos miúdos? 

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