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Flee - A Fuga
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Há mais de 400 filmes animados para descobrir na MONSTRA

Eurico de Barros passou ao crivo o programa da MONSTRA, que se realiza entre os dias 16 e 27 de Março, em Lisboa, e vai mostrar mais de 400 filmes animados de 46 países.

Escrito por
Eurico de Barros
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É com a longa-metragem Belle, do japonês Mamoru Hosoda (A Rapariga que Saltava Através do Tempo, Mirai), uma versão de A Bela e Monstro revista para a era digital, que abre nesta quarta-feira, dia 16, no Cinema São Jorge, a 21.ª edição da MONSTRA, que se vai prolongar até 27 de Março, com sessões nesta sala da Avenida da Liberdade, na Cinemateca, na Cinemateca Júnior e no Cinema City Alvalade. Terá a presença de mais de 400 filmes de 46 países.

O festival deste ano está virado para Leste. Não só por ter a Bulgária como país convidado e assinalar os 75 anos do Departamento de Animação do então Instituto Nacional de Cinematografia Búlgara, apresentando uma vasta retrospectiva de autores clássicos e contemporâneos da animação búlgara (80 filmes, no total), bem como a estreia mundial de To Put it Mildly, de Anri Koulev (que traz uma exposição de desenhos e o storyboard deste filme); mas também por aproveitar a ocasião para apresentar uma secção intitulada Da Europa de Leste para Portugal, em colaboração com quatro outros festivais de animação – um romeno, um croata um esloveno e um polaco –, que vão trazer os respectivos “best of” à MONSTRA.

Na competição de longas-metragens deste ano, destaque para títulos com Bob Cuspe, Nós Não Gostamos de Gente, uma animação de volumes assinada por César Cabral e baseada na personagem criada pelo cartoonista brasileiro Angeli, que os leitores da revista Chiclete com Banana conhecem bem; A Minha Família Afegã, da realizadora checa Michaela Pavlátová, sobre uma mulher checa que se apaixona por um afegão e vai viver para o país do marido; ou Mamã Gorila, de Linda Hambäck, uma produção entre a Suécia, a Noruega e a Dinamarca, sobre uma menina órfã que é adoptada por uma simpática gorila. Nas curtas-metragens, e entre muitos outros títulos, alguns deles galardoados no Festival de Annecy ou indicados aos prémios Annie, passa Affairs of the Art, da inglesa Ann Quinn, que está nomeado ao Óscar de Melhor Curta-Metragem de Animação, após ter ganhado o Prémio de Melhor Realização em Annecy. Haverá ainda uma exposição dedicada a esta realizadora, “Desenhos de Animação”, na Sociedade Nacional de Belas Artes.

Este ano, há 11 curtas portuguesas produzidas em 2021 em competição pelo Prémio Vasco Granja. Voltam as secções TerrorAnim, Triple X e Animação Experimental, bem como a indispensável MONSTRINHA para as famílias e os mais pequeninos. A secção Retrospectivas e Homenagens está muito bem preenchida, com programas dedicados aos 100 anos da animação na Suíça, a Koyaa, uma das principais personagens animadas da Eslovénia (o seu criador, Kolja Saksida, estará no festival), aos pioneiros franceses Émile Reynaud e Émile Cohl (as suas curtas animadas passam na Cinemateca, com acompanhamento ao piano de Jacques Cambra) e às produtoras portuguesas Animanostra e BAP, que terão também uma mostra na Galeria de Santa Maria Maior. O cinema de animação brasileiro terá um programa especial na secção AnimaBR, onde se verão títulos como Rio 2096, de Luiz Bolognesi, ou O Menino e o Mundo, de Alê Abreu, que concorreu ao Óscar de Melhor Filme de Animação em 2016.

Nas Sessões Especiais, e além do já citado Belle, teremos longas-metragens como Lixo, dos italiano Luca Della Grotta e Francesco Dafano, ou Os Vizinhos dos Meus Vizinhos, dos franceses Anne-Laure Daffis e Léo Marchand. E no DokAnim será exibido Flee – A Fuga, do dinamarquês Jonas Poher Rasmussen, que transpôs para animação em formato documental a história real de Amin, um afegão gay que chegou à Dinamarca sozinho quando era ainda menor de idade. O filme recebeu o Grande Prémio do Festival de Annecy, está nomeado aos prémios Annie e para três Óscares: Filme Estrangeiro, Animação e Documentário de Longa-Metragem.

Toda a programação e informações podem ser consultadas online.

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