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Imoral
Francisco Romão Pereira

Imoral, o bar onde Portugal e Espanha se encontram ao final da tarde

Dos donos dos mexicanos La Fugitiva e La Malquerida, nasce o Imoral, um bar que combina vinhos e petiscos portugueses com tapas espanholas, no Cais do Sodré.

Teresa David
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Teresa David
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Quando abriu o restaurante mexicano La Fugitiva, no Verão de 2021, fez dele uma das paragens mais concorridas da rua de São Paulo. O mesmo aconteceu com a sua taqueria, a popular La Malquerida, na Travessa do Marquês de Sampaio, aberta meses depois. Agora, a costa-riquenha Marbelly Prado estreia-se com um conceito diferente: um bar ibérico, com vinhos e petiscos portugueses e tapas espanholas, também no Cais do Sodré, chamado Imoral. 

“Já temos, na minha opinião, os melhores mexicanos e agora queremos apostar em algo que não há nesta zona”, afirma a responsável, que deixa o seu cunho pessoal em tudo o que faz.“ O La Fugitiva é uma história muito pessoal, é o projecto da minha vida. La Malquerida foi uma piada, mas faz parte da mesma história. O Imoral é a cura. Já fui isto, já fui aquilo e agora posso ser quem eu quiser. É uma forma de libertação. Hoje não quero seguir a linha, hoje vou ser diferente. E sou”, conta.  

Imoral
Francisco Romão Pereira

Ao contrário do restaurante e da taqueria, com decorações coloridas e vibrantes, o Imoral distingue-se pela sua sobriedade, com um interior inspirado numa garrafeira. Há vinhos por toda a parte, apontamentos em madeira, e um mapa de Portugal com as regiões vinícolas – as principais, todas na carta. “Temos cerca de 46 vinhos, divididos entre orgânicos e clássicos. Escolhemos vinhos orgânicos e naturais porque muitas pessoas estão à procura deles agora, especialmente a nova geração”, explica Ezzat Ellaz, dono do antigo restaurante libanês Muito BEY, e agora parte desta equipa, que conta ainda com o irmão de Marbelly, Ulises Prado, e com o chef Gabriel Rivera.

“A comida é muito boa, mas aqui, no Imoral, a nossa estrela é o vinho”, garante a proprietária. Vinho que vem de 14 regiões do nosso país, servido à garrafa ou ao copo. Na secção dos clássicos encontram-se referências como a Casa Ermelinda Freitas Reserva branco (5,50€ o copo/ 22€ a garrafa) ou tinto do Esporão Quinta dos Murças Minas (6€ o copo/ 24€ a garrafa); e nos vinhos de baixa intervenção o tinto da Quinta do Romeu Reserva, no Douro (8€ o copo/ 32€ a garrafa) ou o branco da Torre de Tavares, no Dão (8,50€ o copo/ 34€ a garrafa). 

Imoral
Francisco Romão Pereira

                                                                                                                                         

Para acompanhar, os pratos de Gabriel Rivera, também chef dos mexicanos La Fugitiva e La Malquerida. Mesmo nas receitas espanholas, muitos dos ingredientes são portugueses, à excepção do arroz, do queijo manchego e do presunto. “O Gabriel é mexicano e tem um vasto conhecimento da comida mexicana, mas a especialidade dele quando estava na universidade era a comida espanhola, mediterrânea”, assegura Marbelly. A tortilla de batata (8,50€), o carpaccio de beterraba (8,50€) e o polvo à galega (15€) são algumas das opções para partilhar. Entre as 18.00 e as 20.00 é a happy hour: ao pedir um copo de vinho recebe uma tapa. 

Tortilla de batata
Francisco Romão Pereira

Este é o terceiro espaço de Marbelly Prado e da sua equipa em menos de dois anos. O quarto já está nos planos. “Estamos a pensar num bar, mas um conceito que ainda não há aqui no Cais do Sodré. Uma coisa alegre”, levanta o véu. 

Rua de São Paulo, 196 (Cais do Sodré). Ter-Sáb 17.00-01.00

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