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Jazz im Goethe-Garten
©Carlos PorfírioJazz im Goethe-Garten

Kino e JiGG chegam ao fim e dão origem a um grande festival cultural de expressão alemã

Organizado pelo Goethe Institut, o novo KULTURfest – Festival de Culturas de Expressão Alemã quer transcender a mostra de cinema e o festival de música que agora substitui.

Renata Lima Lobo
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Renata Lima Lobo
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A primeira edição do KULTURfest – Festival de Culturas de Expressão Alemã acontece entre os dias 31 de Janeiro e 5 de Fevereiro em vários espaços da cidade. O centro nevrálgico é o Goethe Institut, a entidade organizadora que assim dita o fim da Kino – Mostra de Cinema de Expressão Alemã e do JiGG – Jazz im Goethe-Garten, que marcaram a agenda cultural do instituto alemão nas últimas duas décadas. O programa inclui obras e autores da Áustria, da Suíça e do Luxemburgo, além da Alemanha, e volta a dar destaque ao cinema e à música, mas agora também à literatura.

As sessões de abertura e encerramento realizam-se no Cinema São Jorge. O festival arranca a 31 de Janeiro, com o drama alemão A Sala de Professores (2023), de Ilker Çatak, em antestreia nacional. E a 5 de Fevereiro é exibido Ingeborg Bachmann –  Viagem ao Deserto (2023), de Margarethe von Trotta, uma co-produção entre a Alemanha, Suíça, Áustria e Luxemburgo. Pelo meio, a sétima arte encontra o seu lugar no Goethe Institut. Falando Sobre o Tempo (2022), de Annika Pinske, e Sisi & Eu (2023), de Frauke Finsterwalder, são os filmes agendados para 1 e 2 de Fevereiro, respectivamente. 

Ilker Çatak
©DRA Sala de Professores (2023), de Ilker Çatak

No campo da literatura, o KULTURfest assinala o centenário da morte de Franz Kafka, checo nascido no então Império Austro-Húngaro, com o arranque de um ciclo de conversas chamado Franz Kafka: Bilhete de Identidade. A 1 de Fevereiro tem lugar a conversa Kafka: Um Corpo, com a escritora Dulce Maria Cardoso e João Borges da Cunha, arquitecto, professor, dramaturgo e poeta. A partir de 3 de Fevereiro, o instituto acolhe a exposição de banda desenhada Komplett Kafka, pelo artista Nicolas Mahler, sobre a vida e obra do autor.

A música também se encontra em destaque, em cinco momentos muito diferentes. A 2 de Fevereiro, a DJ alemã Viola Klein e os portugueses Nídia e Van Der actuam no clube Outra Cena, em Marvila. No dia seguinte, o festival volta ao Goethe com o Sub_Bar, uma ideia da plataforma berlinense eufonia, que oferece às comunidades surdas a possibilidade de usufruir dos benefícios da música através das vibrações corporais. No mesmo dia, o instituto recebe a Festa Babylon Berlin, em colaboração com a escola de dança Swing n' Smile, composta por uma aula de dança e concerto. O programa musical termina a 4 de Fevereiro, mais uma vez no Goethe, com uma performance de dança da coreógrafa e bailarina nipo-luxemburguesa Yuko Kominami e um concerto do produtor alemão Burnt Friedman com o baterista e percussionista português João Pais Filipe.

O programa do KULTURfest inclui ainda actividades para os mais novos, uma viagem virtual pela Alemanha ou um showcooking. A partir de 6 de Fevereiro espalha-se por outras cidades portuguesas, levando a cultura de expressão alemã a Leiria, Porto, Lagos e Funchal. Os eventos no Goethe Institut são todos de entrada livre e o programa completo pode ser consultado aqui.

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