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Hermès, Chiado
Pablo Zamora

Maior e mais luminosa, a Hermès foi devolvida ao Chiado

Depois de um mês fechada para obras, a Hermès do Chiado está novamente de portas abertas. Há novas obras de arte, uma secção de joalharia e até um banco desenhado por Siza Vieira.

Mauro Gonçalves
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Mauro Gonçalves
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O sucedido poderá ter passado ao lado dos menos atentos, mas durante um mês a Hermès do Chiado esteve fechada para obras. A ampliação da loja e uns retoques na decoração foram o pretexto da intervenção. Especialmente luminosa e com uns metros quadrados a mais, a marca francesa reafirma o interesse nesta localização nobre da cidade – e nem a luxuosa Avenida da Liberdade parece ser suficiente para fazê-la mudar de ideias.

Inaugurada em 2001, conserva até hoje um detalhe identitário – o chão, que não se repete em nenhuma outra loja do mundo, alude à calçada portuguesa e contrasta com o leve laranja, imagem de marca da maison. Com quase mais 20 metros quadrados (são agora 155, no total), a renovada Hermès soma duas novas secções – ou dois novos métiers, como designa a empresa familiar. A joalharia brilha no recato de um dos nichos criados dentro da loja. Ao lado, estão algumas das peças Hermès Horizons, itens personalizados, que podem ir de tábuas de skate ao recheio de iates, tudo feito à medida.

Hermès, Chiado
© Pablo Zamora

A luz de Lisboa

Os lenços de seda, mais conhecidos como carrés, as malas e cintos, o calçado, a perfumaria e a maquilhagem, bem como uma pequena amostra da linha de casa, que conta agora com um banco desenhado por Álvaro Siza Vieira em 2022, continuam a ter lugar no espaço, à semelhança das colecções de pronto-a-vestir masculina e feminina, colocadas ao fundo da loja. A abertura de algumas janelas, outrora usadas como montras, tornou o espaço mais luminoso.

Por estes dias, a loja celebra o centenário da mais icónica das suas localizações em Paris, o número 24 da Rue du Faubourg. A efeméride inspira estampados artísticos sobre seda, mas também as montras, criações da artista Kiki van Eijk.

Hermès, Chiado
© Pablo Zamora

Os contornos luxuosos desta reabertura não ficam por aqui. Entre as novidades estão ainda algumas obras de arte recém-chegadas a Lisboa. Assinadas por nomes como Joël Person, Albert Adam e Hubert de Watrigant, giram em torno do universo equestre. À semelhança do que acontece em todas as outras Hermès à volta do mundo, foram criteriosamente escolhidas por Pierre-Alexis Dumas, director artístico e membro da sexta geração da família à frente da marca.

Largo do Chiado, 9 (Chiado). 21 324 2070. Seg-Sáb 10.30-19.30

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