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Martim Sousa Tavares
©Hannah Samson/Facebook/Martim Sousa TavaresMartim Sousa Tavares

Martim Sousa Tavares é o novo director artístico do Festival Sintra

O maestro sucede à pianista Gabriela Canavilhas. Em 2023, o festival aprofundará a sua relação com a comunidade e a natureza.

Raquel Dias da Silva
Escrito por
Raquel Dias da Silva
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Martim Sousa Tavares é o novo director artístico do Festival Internacional de Música de Sintra. É o segundo cargo que assume em 2023, depois de suceder a Rui Pinheiro como maestro titular da Orquestra Clássica do Sul. O anúncio foi feito no Palácio Valenças, em Sintra, na terça-feira. Seguiu-se uma reunião conjunta do Conselho de Cultura e de Opinião da Paisagem Cultural de Sintra, onde se apresentou o novo conceito para o festival, que assenta numa “viragem de paradigma subtil, mas importante para a continuação e crescimento do evento”. O objectivo passa por renovar e alargar os públicos alcançados e apresentar uma oferta musical menos focada exclusivamente em experiências clássicas.

Licenciado em Musicologia e em Direcção de Orquestra, Martim Sousa Tavares é maestro, director musical da Orquestra Sem Fronteiras e coordenador de projectos pedagógicos do Movimento Patrimonial pela Música Portuguesa, contando ainda com colaborações com orquestras de oito países e algumas das principais orquestras nacionais, incluindo a Orquestra Gulbenkian e a Orquestra Metropolitana de Lisboa. Sobre o novo cargo, revela-nos que o convite veio directamente do presidente da Câmara Municipal de Sintra, Basílio Horta. “Fizemos uma reunião informal e rapidamente se percebeu que a minha visão para aquilo que hoje devem ser os festivais de música clássica estava alinhada com as expectativas que o presidente tinha para o futuro do festival”, conta. “É muito importante para mim aprofundar a relação com o património natural, que em Sintra é duma riqueza única no mundo, e também é importante estabelecer ciclos de concertos para diferentes públicos, para que qualquer perfil de pessoa encontre no festival algo que lhe inspire curiosidade.”

O Festival de Sintra é um clássico do concelho, com mais de 56 anos de história, já premiado na categoria de Best Lusophone and Hispanic Festival, da 6.ª edição dos Iberian Festival Awards. “Analisar o caminho percorrido até aqui e olhar para o futuro é a fórmula para desenvolver e melhorar este projecto, com o objectivo de levar o festival a outros públicos e transformá-lo num evento singular no panorama dos festivais”, afirmou o presidente da autarquia, Basílio Horta. Para 2023, antecipam-se espectáculos para famílias, concertos fora de horas, em lugares menos comuns e em que a música clássica se mistura com outros géneros. Haverá ainda espaço para outras artes, como o cinema e a dança. “O objectivo final é que, no espaço de dois ou três anos, o Festival se consiga reposicionar no patamar nacional e internacional enquanto marco de originalidade e excelência, honrando uma tradição que já vem dos anos 1950”, remata o maestro Martim Sousa Tavares.

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