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Miguel Leonardo
©DRA Voz de Lisboa com Paris, de Miguel Leonardo

Miguel Leonardo já fez cinema e música. Agora escreve sobre Lisboa

Com apenas 26 anos, Miguel Leonardo prepara-se para lançar o primeiro livro. ‘A Voz de Lisboa com Paris’ versa sobre a morte da cidade castiça e o “turismo de predadores”.

Renata Lima Lobo
Escrito por
Renata Lima Lobo
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A Voz de Lisboa com Paris é o primeiro livro de Miguel Leonardo, um nome ainda semi-anónimo, mas que já passou pelos créditos de filmes e peças de teatro, está agora a explorar o mundo da música e, ainda este mês, entrará nas páginas da literatura. De acordo com o autor, esta edição tem a chancela da editora Gato Bravo e “fala da transmutação da cidade de Lisboa em um ambiente cosmopolita, belo – como qualquer outro do chamado mundo europeu –, mas que termina por perder as suas peculiaridades, as suas tradições mais antigas, em favor de um turismo de predadores, ou de um ‘futuro’ nem sempre tão gentil”, tornando-se num “cartão postal decorado e unívoco, com os mesmos sabores e cheiros de qualquer outro lugar do mundo”.

Com edição agendada para o próximo dia 31 de Março, é um livro sobre “o passado e as imposições cibernéticas do futuro, que dobra os joelhos de cada lisboeta, de cada café, de cada esplanada tipicamente verde e vermelha”, onde o autor se confronta com o tema do inevitável. Ou, como descreve a sua editora, “A Voz de Lisboa com Paris é simultaneamente questionadora e revolucionária, recorda-nos da importância de preservar a alma e a personalidade de si próprio e da própria vila, uma ode à beleza das diferenças entre os humanos e as suas cidades.

Miguel Leonardo já explorou outras formas de arte. O seu primeiro trabalho no cinema foi como o personagem principal da curta-metragem Contra Tempo (2021), de André Ivo, realizado no âmbito do 48 Hours Film Project, uma competição anual em que cineastas têm 48 horas para desenvolver uma curta-metragem. Com André Ivo voltou a participar noutra curta, Subsolo (2021) e depois voltou a vestir a pele de actor no primeiro filme de Rita Gonzalez, La Chute de La Société Sexiste (2022).

No ano passado, passou para o outro lado da câmara, para realizar o seu primeiro filme, O Rapaz Que Pensava Demais, curta nomeada no YMOTION: Festival de Cinema Jovem de Famalicão, e que também fez parte da selecção oficial do Lisbon Film RendezVous 2022 e do britânico Lift-Off Film Maker Sessions, uma montra online mensal que exibe curtas independentes, submetidas por realizadores de todo o mundo. Este ano estreou a curta-metragem O Narrador. Participa ainda na longa-metragem Diálogos Depois do Fim, de Tiago Guedes, ainda em fase de pós-produção. Actualmente, faz também música com outro artista, B Cézar, com quem já lançou três temas.

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