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Compras, Lojas, Stró
©Arlindo CamachoStró

Na Stró, a nova loja do Príncipe Real, fala-se a língua da sustentabilidade

Escrito por
Francisca Dias Real
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No sobe e desce da Rua da Escola Politécnica, no Príncipe Real, há um novo espaço que dificilmente passa despercebido – até porque, no fundo, são duas novas lojas. A Stró, uma marca que existe desde 2014, tem finalmente poiso próprio e a jóia da coroa é a sustentabilidade.

Tinham morada fixa no espaço Entre Tanto, mas há cerca de um ano saíram para começar a procurar um sítio onde pudessem abrir uma loja. Durante esse tempo, Pedro Tavares, um dos fundadores da Stró, sofreu com as oscilações do mercado imobiliário em Lisboa e entre muitas tentativas falhadas acabaram por encontrar a solução uns metros abaixo do Entre Tanto, fechado desde Janeiro de 2017. É no número 80 nos lotes A e B que agora duas lojas, separadas por uma entrada de prédio, oferecem à cidade um novo local recheado de produtos sustentáveis e com preocupações ambientais, de cachecóis a mantas, chapéus e bolsas.

“Sustentabilidade, aproveitamento, ecologia, comércio justo, tudo isto traduz a Stró. São os nossos valores e para cada produto há uma produção controlada”, explica Pedro à Time Out.

A história da Stró está, na verdade, desde sempre ligada à sustentabilidade. Tudo começou com um projecto chamado Agulha Num Palheiro, que se dedicava a um único produto: os chinelos de retalhos. “Foi com estes chinelos que tudo começou, em 2012. Quando se faz uma produção têxtil, há sempre peças que não se aproveitam ou com defeito, e para aproveitarmos essas peças e tecidos começámos a fazer os chinelos de retalhos”, diz Pedro. “Fomos subindo alguns degraus, fomos expandindo e dando largas à imaginação, sempre tendo por base uma consciência ecológica forte e com uma produção que se apoia em elementos de grande proximidade das pessoas; e foi assim que chegámos aquilo que hoje é a Stró.”

Stró
Os chinelos de retalhos
Fotografia: Arlindo Camacho

Rapidamente se passou dos chinelos para as mantas, os cachecóis, as boinas ou os cobertores de papa. “Temos uma produção de pequena escala, é tudo controlado para evitarmos excessos de stock –  à medida que vamos dando vazão a estas produções voltamos a produzir para evitar o desperdício”, acrescenta.

Antes do Entre Tanto e mesmo durante o ano em que estiveram fechados, era habitual encontrar as mantas coloridas da Stró em mercados da cidade, como o do Príncipe Real ou o Crafts & Design no Jardim da Estrela, onde Pedro Tavares diz que a marca vai continuar a marcar presença porque o público é diferente do que têm na loja. “Os mercados ajudam muito na divulgação, o tipo de compra é mais impulsivo. As pessoas que compram, depois, eventualmente, vêm procurar-nos à loja e gera-se essa lealdade.”

Agora, com dois espaços de portas abertas e sem ligação entre si, Pedro decidiu dividir as lojas por materiais: uma só com produtos de algodão e linho e a outra dedicada às lãs.  

As lojas não se ligam entre si e estão dividas por materiais nesta fase inicial
Fotografia: Arlindo Camacho

“Não foi fácil encontrar este sítio, e o facto de termos duas lojas que não têm ligação entre si não facilita, mas a ideia é termos uma pessoa em cada uma”, afirma Pedro, garantindo que os clientes da Stró sabem o que compram, reconhecendo a qualidade do produto. Há uma preocupação dos nossos clientes que marca a diferença e eles sabem que estão a comprar uma peça diferente e a apoiar uma marca de pequena escala com princípios e valores muito específicos ligados à sustentabilidade ambiental”, explica, justificando a aposta no Príncipe Real.

“Muita gente já nos conhecia do Entre Tanto, mas agora há mais razões para vir para esta zona porque reabriu o Jardim Botânico e temos mesmo aqui em frente uma paragem do Eléctrico 24, que voltou à circulação.”

Na Stró tudo foi pensado ao detalhe já que o assunto é sustentabilidade, e até nos preços há essa atenção. Saldos e promoções são palavras que não entram dentro daquelas portas, precisamente porque a marca se rege por regras de comércio justo e isso significaria que o lucro antes de qualquer baixa de preço estava a ser superior e que os clientes estavam a pagar um preço maior do que o que deviam. “Nós tentamos não excluir ninguém e ter uma política justa. Os preços que praticamos são os indicados para o tipo de matéria-prima e processo de produção que usamos, por isso quem compra tem de ter a noção de que está a comprar uma manta de lã feita à mão, por exemplo.”

Rua da Escola Politécnica 80 A e 80 B. 91 779 4843. info@by-stro.com. Seg-Sáb 10.30-19.30 (Dom com horário reduzido). 

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