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Mona Verde
Arlei Lima

No topo da Embaixada da Dinamarca nasceu um rooftop tropical

Escondido no topo de um edifício na rua Castilho, o espaço junta a cozinha do sul da Europa e da América Latina. Para beber, há cocktails de autor, e para bailar há música ao vivo e dj sets.

Teresa David
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Teresa David
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Chegados ao número 14 da movimentada rua Castilho, na Avenida da Liberdade, somos obrigados a confirmar a morada uma e outra vez. Do lado de fora, nada nos leva a crer que o último andar do edifício – o mesmo da embaixada da Dinamarca – esconde um rooftop animado, que é também restaurante e bar. A entrada é monocromática, a sinalética discreta, e contrasta com o que nos espera lá em cima – uma decoração ao jeito tropical, com o verde das palmeiras a sobressair, e uma panorâmica como há poucas. Estamos no vivaço Mona Verde, acabadinho de abrir. 

Entre os responsáveis, na maioria empresários franceses, está Miguel Júdice, que já conhecemos de outros negócios, como o Geographia, em frente ao Museu Nacional de Arte Antiga, ou o estrelado Eleven, no topo do Parque Eduardo VII, que tem Joachim Koerper nos comandos da cozinha. Mas é Teresa Barros, accionista e encarregada da comunicação do espaço, que nos fala. Comecemos pelo nome. “Mona é uma palavra que se consegue dizer em todas as línguas. Também se relaciona com Mona Lisa e em espanhol quer dizer cool”, diz. Significa isto, também, que aqui se servem pratos de outras partes do mundo, ora dos países vizinhos, como França e Espanha, ora do outro lado do oceano, dos latinos Brasil ou Peru. 

Mona Verde
Arlei Lima

“É uma cozinha do sul da Europa e da América Latina. Queremos honrar o que temos em Portugal, mas também os países do sul – Itália, França, Espanha – e depois trazer o espírito e a conexão que temos com o Brasil e com a América Latina”, explica. Para isso foram buscar o chef Manuel Lino, que já passou por cozinhas como a do Audaz, que abriu em Campo de Ourique, a do Tabik, na Avenida da Liberdade, ou até a do conhecido Mugaritz, no País Basco, do chef Andoni Luis Aduriz. “Ele é maravilhoso, é óptimo”, atesta Teresa. O resultado da carta é uma mistura harmoniosa entre ingredientes crus e cozinhados na grelha, vindos de produtores locais. “É uma comida simples. Cozinhamos só com fogo”, justifica. 

Mona Verde
Arlei LimaCeviche de peixe branco

Para começar a refeição, a sugestão vai para uns cogumelos assados com gema de ovo, guanciale e salada de ervas (15€), um ceviche de peixe branco, com cebola roxa, malagueta, puré de batata-doce, raspas de lima e coentros (14€), ou um tiradito de atum assado sobre uma cama de molho cremoso de aji amarillo, e decorado com coentros, micro-ervas e cebola roxa marinada (16€). Nos pratos principais encontram-se várias opções, entre elas o peixe do dia (no nosso caso robalo), grelhado no carvão e servido com um molho de ervas e limão (28€) ou o lombo maturado por 45 dias (26€), grelhado a carvão. Tudo isto para acompanhar com batatas fritas trufadas com parmesão (14€), corações de alface romana grelhados e molho de chimichurri (7€), ou milho doce picado, salteado em manteiga noisette, pasta de miso aromática e flor de sal (7€). Para rematar, abacaxi assado com doce de leite (12€) e fondant de chocolate branco com gelado de stracciatella (10€). 

Mona Verde
Arlei LimaPeixe do dia, milho doce, corações de alface romana

No Mona Verde, o bar tem um papel de destaque, em especial a coquetelaria de Marco Freitas, também inspirada em cocktails de várias partes do planeta. O graviola rosada (14€) é um cocktail à base de vodka com frutas latino-americanas, como a graviola (da família da anona), e sumo de romã. Já o mona'mour (14€), leva vodka, gengibre, lima, espuma floral e taijin. Para quem gosta do sabor fumado, o melhor é o dame otro (14€), à base de mezcal infusionado com notas de abacaxi e pinha agave. 

Mona Verde
Arlei LimaGraviola rosada

O ambiente tropical só fica completo com música. Todos os dias, a partir das 21.00, há um DJ a animar a casa. Quartas-feiras são dias de “Mona Vista Social Club”, com música ao vivo, dos mais variados estilos, a partir das 19.30. “A ideia é começar com a música mais baixa e depois ir subindo. Há noites em que acaba tudo a dançar”, confirma Teresa Barros. 

Mona Verde
Francisco Romão Pereira

Com a chegada do frio, muita coisa vai mudar neste rooftop. “Vamos ter uma tenda tipo marroquina, indiana, daqui a um mês e meio, dois meses. Também vamos ter aquecimentos, para podermos estar ao ar livre, mas quentinhos”, revela a accionista. Mas as novidades não acabam aqui: “Vamos abrir, provavelmente no início do próximo ano, outro restaurante no piso de baixo. Vai chamar-se Mona Libre e vai ter o mesmo conceito, mas num nível um bocadinho acima”. 

Rua Castilho, 14C (Avenida da Liberdade). 91 402 3304. Seg-Dom 12.00-00-00

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