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Núcleo A70 encontrou uma nova casa no Beato

Associação cultural vai reabrir na Rua do Açúcar, em Setembro, mas, até lá, decorre uma campanha de crowdfunding que servirá para financiar a reabilitação do novo espaço.

Sebastião Almeida
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Sebastião Almeida
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Fotografia: Manuel MansoA zona de bar no espaço no número 70 do Regueirão dos Anjos
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Depois da incerteza, o Núcleo A70 encontrou finalmente uma nova casa no Beato. O número 70 do Regueirão dos Anjos, em Lisboa, foi vendido a um fundo de investimento francês e a associação cultural procurava um novo poiso, tendo até Fevereiro do próximo ano para deixar o local. Encontrou-o agora na Rua do Açúcar, onde planeia reabrir em Setembro deste ano. Até lá, foi lançada uma campanha de financiamento para a reabilitação do novo espaço.

Em Março, a associação cultural já havia lançado um crowdfunding, dessa vez com o objectivo de garantir a reabertura nos meses antes do adeus ao espaço paralelo à Almirante Reis onde esteve durante quatro anos, de retomar alguma da programação e de garantir o pagamento de salários aos seus membros. 

“Temos boas notícias. Finalmente encontrámos um espaço onde continuar o nosso trabalho cultural e artístico, um novo espaço seguro onde todes serão bem-vindes, onde todes podem ser quem são. Vamos mudar-nos para o Beato, para a Rua do Açúcar, onde planeamos abrir em Setembro de 2021. Vamos descentralizar forçadamente, mas esperamos contar com a vossa ajuda e amor aos quais nos habituaram”, anunciam no Instagram.

A nova casa será no número 52 da Rua do Açúcar. O crowdfunding, que até agora reuniu cerca de dois mil euros da meta de dez mil, servirá para “reabilitar o espaço e transformá-lo no lar de todes. Sobrevivemos ao último ano e muitos mais hão de vir. Uns chamam-lhe teimosia, nós por cá achamos que é por nosso direito resistir”, garante a direcção da associação.

Fundado em 2017, o Núcleo Criativo do Regueirão, que em Julho de 2020 passou a chamar-se Núcleo A70 depois da saída da directora da instituição Catarina Querido, é um “espaço recreativo, cultural inclusivo, democrático e de resistência” que se dedica a apoiar novos artistas das mais variadas áreas. Nas suas instalações constava uma cozinha industrial de produção, que visava ajudar no combate ao desperdício alimentar e apoiar causas sociais. A organização tem sido responsável pela realização do Art Fleamarket, antiga Feira das Almas, que agora se mudará para o lado oriental da cidade.

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