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Jezzus
Francisco Romão Pereira

O evangelho segundo Jezzus é uma pizzaria

Aberta desde Dezembro, esta pizzaria dos Anjos serve pizzas de fermentação natural, com cereais, farinhas e ingredientes portugueses.

Teresa David
Escrito por
Teresa David
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A nova pizzaria na Rua da Guiné, Anjos, não passa despercebida. Do lado de fora, os grandes letreiros e o toldo rosa-choque pedem para entrar e o interior, a piscar o olho à cultura pop dos anos 80 e 90, também não desilude. Chamam a atenção as paredes num rosa bem clarinho, o forno, o balcão junto à janela e os néons que alertam para os três pilares da Jezzus: a utilização de cereais e farinhas portuguesas (Paulino Horta, da zona Oeste); os ingredientes de pequenos produtores locais; e a preferência pela fermentação natural. 

Jezzus
Francisco Romão Pereira

“Pizzarias já há muitas, queríamos fazer algo diferente. Não quisemos trabalhar com farinhas italianas, apesar de serem muito boas”, diz Tiago Jesus, do grupo de restauração familiar Alfredo Jesus, que além desta pizzaria gere outros negócios na cidade, como a Leitaria Lisboa ou a marisqueira Verde Mar. “Trabalhamos com um tempo de fermentação de 48 a 72 horas da massa, recorremos 100% a massa mãe, que é o nosso fermento natural, alimentado diariamente aqui na loja. Tem mais de 30 anos, o que dá um sabor completamente diferente”, acrescenta. O resultado é uma pizza ligeira, fácil de digerir. 

Jezzus
Francisco Romão Pereira

O nome, Jezzus, é uma referência ao apelido de família, aqui com a substituição da letra S pelos dois ZZ da palavra pizza, mas não só. “Quando temos uma boa experiência, seja ela qual for, geralmente recorremos a expressões ligadas ao divino: oh my god, jesus… Queremos que as pessoas tenham uma experiência divinal”, diz Tiago. 

Jezzus
Francisco Romão Pereira

O bom humor é, como já percebemos, um traço desta pizzaria. “É uma marca que dá para explorar muito esse lado de humor, uma marca muito jovem, descontraída”, afirma. Basta olhar para carta. A Judas dos Açores (16€), com um puré de ananás dos Açores, chouriço de porco preto alentejano e coentros, é uma das 14 pizzas no menu, chamada assim em jeito de provocação a todos aqueles que acreditam que ananás não se põe na pizza. Outra é a Bulhão Pato (16€), inspirada no prato tradicional português, com creme de Bulhão Pato, amêijoa, queijo pecorino, pesto de coentros e raspa de limão. “O forno trabalha a 400 graus, a pizza fica pronta em 90 segundos”, garante Tiago Jesus. 

Jezzus
Francisco Romão PereiraPizza à bulhão pato

Nas entradas há três opções, entre elas os rotolinos, (8€, quatro unidades), uns rolinhos de massa de pizza com diferentes recheios e para sobremesa, a tarte de queijo no forno com calda de goiabada (5€) e a cookie de chocolate assada no forno com gelado de baunilha (5,50€) são boas opções. Para acompanhar, vinhos. “Não temos uma carta muito extensa de vinhos, mas trabalhamos com vinhos de pequenos produtores, de pequenas colheitas, pequenos lançamentos”, explica.  

“A ideia é replicar o conceito para outras zonas de Lisboa”, revela ainda Tiago Jesus. Mas antes disso, o plano é abrir uma esplanada no terraço da Jezzus e aumentar a capacidade do restaurante, que de momento tem apenas 30 lugares distribuídos entre a sala e um balcão junto à janela. 

Rua da Guiné, 1 A (Anjos). 21 814 2186. Ter-Dom 12.00-00.00

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