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Pátio das antigas: Iluminação para o Sinaleiro
DRPraça dos Restauradores Inauguração do pedestal iluminado, para o sinaleiro dos Restauradores [Antigo Largo do Passeio Público e parte das Ruas Oriental e Ocidental do Passeio Público] Este topónimo dado pela edilidade lisboeta presidida por José Gregório da Rosa Araújo à « nova praça que fica limitada do lado do nascente e do lado do poente pelos predios do antigo largo do Passeio Publico e de parte das antigas ruas Oriental e Occidental do Passeio Publico, do lado do norte pela recta que une os cunhaes formados na juncção da rua dos Condes e da calçada da Gloria com as duas ruas acima referidas, e do lado do sul pela cortina da rua do Jardim do Regedor e pelos prédios do antigo largo do Passeio Publico», conforme refere o Edital de 22/07/1884. Data(s): 1927 Fotógrafo: não identificado in A.N.T.T., Arquivo do Jornal O Século

O Pátio das Antigas: iluminação para o Sinaleiro

Em 1927, o Polícia Sinaleiro dos Restauradores, ainda vestido com o uniforme antigo, teve o primeiro pedestal iluminado de Lisboa.

Escrito por
Eurico de Barros
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A necessidade de orientar e ordenar o trânsito cada vez mais intenso nas cidades portuguesas, e especialmente em Lisboa, levou à criação, em 1918, pela então Polícia de Segurança, da unidade de Polícias Sinaleiros. Em 1927, estes agentes assumiram o aspecto tradicional a que os alfacinhas se habituaram: capacete branco (daí a designação popular de “cabeças de giz”), punhos, talabarte e bastão da mesma cor, mais a braçadeira vermelha com T que mais tarde seria o distintivo das brigadas de trânsito.

Empoleirados nos seus pedestais colocados em locais estratégicos da cidade, gesticulando e apitando para organizar o fluxo de automóveis, autocarros, eléctricos e bicicletas (sem falar nas carroças e nos burros que circularam até tarde no século XX pela capital…), os Polícias Sinaleiros chegaram a ser 270 só em Lisboa.

A fotografia desta página, tirada pouco tempo antes da entrada em vigor dos novos uniformes – e do aparecimento da alcunha “cabeças de giz” –, documenta a inauguração, em 1927, do primeiro pedestal iluminado para um Polícia Sinaleiro na capital. A honra coube ao cívico que orientava o trânsito nos Restauradores, “cuja presença fica assim mais visível aos condutores naquelles dias invernosos em que anoitece mais cedo”, escreveu-se então na notícia de O Século que dava conta da novidade.

Até há pouco tempo, restavam apenas três Polícias Sinaleiros em Lisboa.

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