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O Pátio das Antigas: O café que era a “Catedral do Fado”

O Café Luso abriu na Avenida da Liberdade nos anos 20 do século passado e mudou-se para o Bairro Alto na década de 40. Casa de fado de referência da capital, foi lá que Amália Rodrigues gravou, em 1955, o lendário álbum ‘Amália no Café Luso’.

Escrito por
Eurico de Barros
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Foi em 1927, na Avenida da Liberdade, mesmo ao pé do Parque Mayer, ainda não existia mais acima o Cinema São Jorge, que abriu as portas o Café Luso, que desde o início se dedicou a “cultivar o fado”, como então se dizia, e logo se transformou num sítio de referência para turistas e alfacinhas irem ouvir a canção nacional, tornando-se conhecido como “A Catedral do Fado”. Além de lá terem actuado alguns dos maiores nomes do fado, de Amália Rodrigues a Alfredo Marceneiro, de Alberto Ribeiro a Lucília do Carmo, o Luso ficou também célebre por dar lugar à juventude, através da organização de concursos de jovens talentos. E ao fado juntaram-se depois os espectáculos de variedades e os bailes, tal era a popularidade do Luso, conhecido igualmente por ser um lugar onde se servia boa comida portuguesa, e até tarde da noite.

No início de 1941, por precisar de mais espaço, o Café Luso mudou-se da Avenida da Liberdade para o Bairro Alto, mais precisamente para a Travessa da Queimada, instalando-se nas antigas adegas e cavalariças do Palácio de São Roque. Foi lá que, em Dezembro de 1955, Amália Rodrigues gravou o lendário disco Amália no Café Luso. É a sua gravação ao vivo mais antiga conhecida, correspondendo a um espectáculo integral da altura em que era lá “artista residente”. Sujeito a obras de modernização na década de 90, o Café Luso continua hoje a funcionar.

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