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Pátio das Antigas, Lisboa Antiga, Largo do Rato, 1929
©O SéculoLargo do Rato em 1929

O Pátio das Antigas: O Rato que já foi do Brasil

Coisas e loisas da Lisboa de outras eras

Escrito por
Eurico de Barros
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O Largo do Rato mudou várias vezes de nome, mas só largou o “Rato” quando foi, brevemente, Praça do Brasil, após a implantação da República.

Não se sabe porquê, talvez por qualquer característica fisionómica, “Rato” era a alcunha de Luís Gomes de Sá e Meneses, um descendente de Manuel Gomes de Elvas, o fundador do Convento da Santíssima Trindade, construído em 1621, e que deu nome à zona de Lisboa que hoje conhecemos por Largo do Rato. Desde o século XVII que Rato faz parte da nomenclatura do local, que já foi Rua Direita do Rato, Rua do Rato, Largo do Rato e, muito brevemente depois da implantação da República, Praça do Brasil.

O novo regime pretendeu, com esta alteração, prestar homenagem à República dos Estados Unidos do Brasil. Só que os lisboetas, e os moradores e os comerciantes da zona não estiveram pelos ajustes, protestaram indignada e sonoramente, e o governo teve que voltar a chamar Largo do Rato ao sítio, nascido do cruzamento de vários caminhos que há alguns séculos atrás escoavam o trânsito da cidade.

A foto desta página foi tirada em 1929. Nesta altura, o Largo do Rato ainda não tinha o aspecto que tem hoje. Só alguns anos mais tarde, em 1937, é que a municipalidade levou a cabo as obras que lhe deram a forma que, essencialmente, ainda apresenta actualmente. Nesses finais dos anos 20, ainda por lá circulavam saloios que vinham à capital montados nos seus burros, as vacas dos leiteiros ambulantes e carroças puxadas por cavalos ou bois, transportando hortaliças e fruta.

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