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Um avião da Companhia de Transportes Aéreos
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O Pátio das Antigas: Quando a CTA dominava os ares

Fundada em 1945, no mesmo ano da TAP, a privada Companhia de Transportes Aéreos (CTA) cresceu rapidamente, mas acabaria por desaparecer quatro anos mais tarde, vítima do monopólio estatal daquela.

Escrito por
Eurico de Barros
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Porto, Abidjan e Zurique. Eram estes os três destinos privilegiados pela Companhia de Transportes Aéreos (CTA), antes Sociedade Continental de Transportes Aéreos, fundada em 1945 por um grupo de capitalistas que incluía Manuel Champalimaud e Manuel de Mello. A CTA transportava passageiros, e também mercadorias e correio, e os seus aviões podiam ser contratados para ir a qualquer parte do mundo. As ligações diárias Lisboa-Porto-Lisboa, a partir dos Aeroportos da Portela e das Pedras Rubras, constituíam a “espinha dorsal” da companhia. Os bilhetes custavam pouco mais de 300 escudos, uma soma bastante considerável para a altura. 

O primeiro voo entre a capital e o Porto teve lugar no dia 2 de Dezembro de 1945, tendo também servido para inaugurar o citado Aeroporto das Pedras Rubras, e um ano depois da sua fundação, a CTA tinha já transportado mais de 10 mil passageiros. O sucesso desta companhia de aviação privada levou ao seu rápido crescimento, e ao monomotor e aos bimotores que formavam a sua frota inicial vieram acrescentar-se aviões maiores e mais potentes. A CTA pensava também voar para Madrid, para o Ultramar e outros destinos internacionais. Só que a estatal e monopolista TAP, igualmente fundada em 1945, tirou a linha Lisboa-Porto-Lisboa à CTA, acabando por levar ao encerramento desta, em 1949, terminando assim com a sua breve aventura nos ares.

Coisas e loisas de outras eras:

+ Um centro comercial no centro da cidade

+ O elevador do golpe de Estado republicano

+ A esquina das tabacarias clássicas

+ As três vidas de um teatro

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