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O programa BIP/ZIP está inclinado para Marvila

Renata Lima Lobo
Escrito por
Renata Lima Lobo
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Estão aprovados os projectos a concurso em mais uma edição do programa BIP/ ZIP, através do qual a autarquia financia projectos de desenvolvimento local. E há muitas ideias a oriente.

Livraria Solidária de Carnide, A Avó Veio Trabalhar ou a Rede de Artes e Ofícios de Lisboa são algumas das iniciativas mais mediáticas oriundas de edições passadas do mundo BIP/ ZIP. E já são conhecidas as candidaturas aprovadas para a temporada 2019/2020 deste programa municipal que dá apoio financeiro a projectos de desenvolvimento local em territórios sinalizados como de intervenção prioritária na cidade. Na reunião pública de Câmara da passada quarta-feira foram aprovadas por unanimidade 44 das 92 candidaturas apresentadas e há dez que abrangem o território de Marvila, a freguesia com mais projectos aprovados. Antes da votação, Paula Marques, vereadora com os pelouros da Habitação e Desenvolvimento Local, explicou porquê: “Há de facto, nesta edição, uma concentração de projectos apresentados e aprovados na freguesia de Marvila. Mas também é natural, porque houve uma grande mobilização por parte das organizações locais e das comunidades”. E acrescentou que as candidaturas oriundas desta freguesia “eram mais consistentes”.

Entre elas está a “Ópera Connosco, Marvila!”, da Associação Plateia Protagonista, que vai dotar alunos do 3.º ciclo com as competências artísticas e técnicas necessárias para a criação de uma ópera. A imagética deste trabalho será influenciada pelos espaços e memórias locais colectivas, num espectáculo final que contará com cinco cantores profissionais e um pequeno ensemble de instrumentistas.

Do outro lado da cidade, na Estrela, vai nascer um “arquivo vivo de sementes”, na forma física e digital, uma iniciativa que integra o projecto “Germinar um banco de sementes”, da Associação Margens Simples. Além de um repositório físico, estará associada ao banco uma plataforma digital para pesquisa e requisição de sementes
para os adeptos da economia circular: aos interessados, é enviado um envelope de sementes e mais um outro vazio que deverá ser devolvido com os frutos da produção, cumprindo o objectivo de disseminação.

Também o Projecto Alkantara viu uma nova candidatura aprovada, apesar de ainda andar no terreno com o seu BIP/ ZIP “Casal Ventoso Sempre”, que tem levado várias expressões da arte urbana a esta zona da cidade, e entre 11 e 13 de Outubro promove uma Festa de Arte Urbana no Bairro da Cabrinha. Agora apresentou “Casal Ventoso – Fazemos Acontecer”, mais focado na dinamização comunitária e cidadania e que deixará também um legado físico no território: dois espaços para rastreios, uma unidade móvel de saúde e mesmo um espaço para workshops e realização de debates. A informação sobre cada uma das 44 candidaturas aprovadas (e não aprovadas) está em bipzip.cm-lisboa.pt. E é obra.

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