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Catarina Belmarço, O Lisboeta
Francisco Romão Pereira Catarina Belmarço, O Lisboeta

O salame de chocolate d’O Lisboeta ganhou uma casa na Embaixada

A marca de bombons de salame de chocolate abriu a primeira loja oficial na capital. É na Embaixada, no Príncipe Real, que poderá provar os oito sabores disponíveis.

Escrito por
Beatriz Magalhães
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Num almoço de amigos, à conversa sobre projectos ligados à gastronomia tradicional portuguesa como é o caso dos pastéis de nata ou dos pastéis de bacalhau, Catarina Belmarço e Sebastião Lorena lembraram-se do salame de chocolate, doce que ambos adoram e que, aparentemente, ainda não havia sido tornado num negócio. Surgiu a questão: por que não criar uma marca? E assim, em Março de 2020, surgiu O Lisboeta, apostado em revolucionar o mercado do salame de chocolate.

Três anos depois do início desta aventura, estamos na primeira loja oficial d’ O Lisboeta, inaugurada em Abril na entrada da Embaixada, no Príncipe Real. Nem Catarina, nem Sebastião pensaram alguma vez que isto seria uma possibilidade. Não tendo nenhum deles qualquer background profissional na cozinha, tiveram sempre em mente o lema: nunca dar um passo maior do que a perna. “Eu não ambiciono nada ter uma empresa minha ou um projecto meu”, pensava Catarina. Assim, a ideia de ter uma loja definitiva nunca esteve nos seus planos, até à altura em que O Lisboeta abriu dois pop-ups, um no Amoreiras e outro em São Bento, ambos um sucesso. Nesse momento, os dois sócios perceberam que estavam prontos para o passo seguinte – abrir uma loja permanente.

O Lisboeta, Embaixada
Francisco Romão PereiraO Lisboeta, Embaixada

Por pouco, não abriram uma loja na Estrela, não tivesse surgido a oportunidade de ir para a Embaixada. Em pleno coração de Lisboa, numa zona cheia de vida, para Catarina, estar no Príncipe Real “é um sonho concretizado”. 

Durante a nossa conversa, dezenas de turistas, de telemóveis e câmaras em punho, subiam e desciam as escadas do edifício. Curiosos com os atípicos bombons de salame de chocolate, vários pararam para comprar um, deliciando-se com o doce que nunca tinham provado igual antes.

O Lisboeta aspira ser o melhor salame de chocolate do país, de “ser o mais diferenciado, o melhor, o com o melhor sabor, o mais estaladiço, o mais fresco”, afirma Catarina.   

Habitual em casa dos avós, em aniversários de crianças, ou até nas máquinas de venda automática, o salame não era visto como uma sobremesa, nem era algo que as pessoas estivessem dispostas a pagar, acredita Catarina. Mudar essa imagem do doce tradicional português tornou-se a sua missão. Após seis meses a experimentar diferentes versões da receita, o painel de dez “consumidores” que Catarina e Sebastião reuniram, aprovou os bombons de salame de chocolate. Além das alterações na receita original, havia a vontade de elevar o doce a algo completamente distinto do que existia no mercado, daí o seu formato inusual – o facto de ser banhado com chocolate e ser servido congelado, confere-lhe uma crocância singular. 

No início, apenas três sabores constituíam o menu: chocolate de leite, chocolate preto e branco. Surgiu a ideia de adicionar um sabor novo, temporário, todos os meses, que se tornou um sucesso. De três passou a haver oito lisboetas fixos: preto, branco, de leite, caramelo salgado, amêndoa com chocolate de leite, amêndoa com chocolate preto, amêndoa com chocolate branco e o lisboeta do mês. Chocolate com avelã é o lisboeta de Maio que, segundo Catarina, se tornará permanente no menu, devido à reacção positiva dos clientes. E “provavelmente o próximo também vai ficar, é pedido por muitas famílias que nos vêm pedir especificamente aquele ingrediente, nós vamos testar e tenho a certeza que vai ficar”, confirma Catarina, sem querer revelar o sabor.

o lisboeta
Francisco Romão Pereira

Apesar do espaço no Príncipe Real ter a vantagem de chegar a um público mais variado, com muitos turistas a passar por ali, há clientes locais que já se tornaram habituais. "Quando as pessoas são fiéis a uma marca, sentem-se dentro do projecto", explica Catarina, contando que muitos dos clientes que antes encomendavam os doces agora gostam de ir à loja. 

Mas, para aqueles que não quiserem ir à loja física, a loja online e as encomendas para todo o país mantêm-se, além da marca estar presente em quase 40 pontos de venda, dentro e fora de Lisboa. O Lisboeta também está presente em casamentos e eventos, como a Web Summit e, pela primeira vez este ano, a Feira do Livro de Lisboa.

Por agora, o objectivo da marca é crescer, alargando a distribuição a parceiros de maior dimensão, e perceber como funciona ter dois modelos de negócio em simultâneo, a venda direta e a venda através de terceiros. Só depois dos dois sócios saberem se este é um modelo viável, é que poderão equacionar abrir mais lojas, revela Catarina. “Faz completamente parte do nosso objectivo”. 

Na Embaixada, há os oito lisboetas que constam no menu (1,80€ cada), bem como a caixa de seis (10€) e de dez (16€) unidades. Apenas criado a pedido de um casal de noivos para o seu casamento, o bolo Lisboeta tornou-se num produto fixo, devido ao elevado interesse do público. Na loja física, está disponível o tamanho M (25€), enquanto o tamanho S (18€) e L (31€) só estão disponíveis através de encomenda pelo site.  

Embaixada (Príncipe Real). Seg-Sáb 12.00-20.00 Dom 11.00-19.00

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