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ovo cirque du soleil
© Arlei Lima

‘Ovo’: uma história de amor em que os artistas voam “de verdade”

A Altice Arena volta a abrir-se ao colorido universo dos insectos com o espectáculo do Cirque du Soleil. Há muita acrobacia, música, dança e cor. Para ver até 30 de Dezembro.

Escrito por
Beatriz Magalhães
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Rastejam, voam, saltam e trepam. Na Altice Arena, não há para onde fugir dos insectos. O Cirque du Soleil apresenta Ovo, um espectáculo que junta acrobacia, música e luz para contar uma história acerca do amor e da vida. Pode conhecê-la entre 20 e 30 de Dezembro. Algumas horas antes da estreia, a Time Out foi espreitar os bastidores do circo.

Num ecossistema colorido, um ovo misterioso deixa em sobressalto um conjunto de vários tipos de insectos. Em simultâneo, o ovo representa o ciclo da vida e aborda a história de amor entre uma joaninha e o insecto invulgar que nasce do ovo. No palco, o cenário já se compõe para dar vida ao universo.

A companhia de circo canadiana, estabelecida em Montreal, viaja de cidade em cidade para montar os seus espectáculos. Fá-lo há quase 40 anos, sempre com a casa às costas. Em Lisboa não é diferente. Nos bastidores, em dia de estreia, há uma equipa que se divide por vários departamentos para dar vida a este mundo. Enquanto técnicos de luz e de som finalizam o seu trabalho, encontramos os artistas a ensaiar acrobacias numa estrutura de metal, desenhada especialmente para o Ovo. Juntamente com cenários, adereços, complementos e até um ginásio, viajam 100 pessoas, prontas para pôr de pé o Cirque du Soleil. Destas, 52 são artistas.

ovo cirque du soleil
© Arlei Lima

De Montreal, vieram até as máquinas de costura e as máquinas de lavar para garantir que não há problemas com os fatos. De vários cores vibrantes e formas diferentes, os fatos lembram aranhas, formigas, borboletas e lagartas. Tanto as roupas como os chapéus e sapatos são feitos de raiz. Com uma cauda ou pernas extra, os fatos não deixam de ser adaptados aos movimentos dos artistas.

Nos bastidores, uma rapariga contorce-se, pendurada no aro suspenso; no palco, uma rapariga salta e balouça-se nos braços de um rapaz que se apoia num trapézio. À hora do espectáculo, também trampolins, arames e outras estruturas farão voar e equilibrar os artistas. Num dos momentos, um pirilampo faz malabarismos com diablos, que prometem parecer bolas de fogo; noutro, uma dúzia de artistas rasteja, salta e anda numa parede vertical. Ao som da música tocada e cantada ao vivo, há coreografias, pensadas por Deborah Colker, autora e directora artística do espectáculo.

ovo cirque du soleil
© Arlei Lima

Joseane Martins Costa, artista brasileira, faz do seu palco um trapézio aéreo. Interpreta um besouro, numa parte do espectáculo que “mostra a força e potência dos animais e os voos dos animais porque também não são todos os insectos que voam e vão nos ver voando de verdade”, diz ela. A trapezista, que está desde 2018 na companhia de circo canadiana, realça a espetacularidade de Ovo: “Há partes em que dançamos ou que fazemos outras personagens, há uma parte em que uma lagarta fica com as pernas para cima, é bem interessante de se ver. Um grupo no final, no trampolim, salta e vão para cada lado e você nem sabe para onde olhar.” 

ovo cirque du soleil
© Arlei Lima

Um dos grilos, Wellington Lima é um trampolinista brasileiro, que já trabalha há 25 anos no Cirque du Soleil. “Nessa trajectória de vida tive oportunidade de fazer outros shows, mas este show tem algo muito bom, porque conecta com família”, conta ele. Além disso, “a personagem do grilo é algo que traz alegria para o público, principalmente no salto a gente tem um ritmo, que é o ritmo do funk, um ritmo bem brasileiro que a gente traz no final e as pessoas saem do show super alegres.” A inspiração brasileira percorre o Ovo. Berna Ceppas, responsável pela banda sonora, combina a bossa nova e o funk com a música electrónica, juntando ainda sons reais de insectos. 

Este é um espectáculo que, para crianças e adultos, promete inspirar o público, “passando mensagens de amor”. Não é a primeira vez que Ovo passa pela Altice Arena – ocupou a mesma sala em 2019Desta feita, estreia-se a 20 de Dezembro e fica em exibição até 30 de Dezembro, com sessões às 17.00 e às 21.00. A 25 de Dezembro, há uma sessão às 17.30 e, a 29, uma sessão que contará com serviço de audiodescrição. Basta enviar um email para acessibilidade@aarena.pt a solicitar o serviço e receberá as indicações necessárias.

Altice Arena (Parque das Nações). 20-30 Dez. 17.00, 17.30, 21.00. 45€-104€

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