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Pablo Vittar: “Sempre foi difícil ser LGBT no Brasil”

Escrito por
Clara Silva
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Falámos na semana passada com a cantora e drag queen mais popular do Brasil, horas antes do concerto no Campo Pequeno.

Como é hoje em dia ser LGBT no Brasil?
Não é só agora com o actual governo que é difícil. Sempre foi. A gente sempre sofreu, sempre morreu. Agora as pessoas estão com menos véus, está mais crítico, mas a palavra é resistência: a gente está resistindo.

Sente o peso de ser uma influência para uma jovem geração queer a crescer no Brasil?
Não, nem um pouco. Eu não estou lá sozinha, tem muitas pessoas que trazem uma voz activa para a comunidade LGBT.

No videoclipe de “Seu Crime”, do novo álbum Não Pára Não, critica o chamado pink money. Quer explicar?
A gente tem que abrir os olhos para os artistas em que a gente deposita o nosso dinheiro, o nosso streaming, o nosso tempo. Saber quem está do seu lado ou não. É muito fácil você fazer uma música para um nicho e não se importar com a vida dessas pessoas.

Em quem se costuma inspirar para criar os seus looks?
Busco inspiração no Instagram, vejo o que os designers estão fazendo. Não de galera grande, mas os meus amigos, vejo o que os meus amigos estão fazendo. A Casa de Criadores no Brasil é um lugar que exporta muita gente que faz moda independente e isso é muito legal. A maior parte deles são meus amigos e eu busco apoio aí.

Vai tocar no World Pride de Nova Iorque, numa data simbólica [50 anos de Stonewall]. Como se sente?
Vou fazer uma tour que vai passar pelas principais prides dos Estados Unidos, sempre fiz shows em prides no Brasil só que agora vou poder conhecer pessoas fora da minha bolha. Los Angeles, Nova Iorque, São Francisco… Vai ser bem legal. A parada já diz tudo: pride. O orgulho de ser como você é, apenas você mesma.

+ Pabllo Vittar, fonte de inspiração

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