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Patti Smith
DRPatti Smith e Soundwalk Collective

Patti Smith e Tirzah são os faróis que iluminam o Belém Soundcheck

O novo festival do CCB vai realizar-se de dois em dois anos. A edição inaugural acontece entre 21 e 24 de Março de 2024.

Luís Filipe Rodrigues
Escrito por
Luís Filipe Rodrigues
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Há um novo e primaveril festival em Lisboa. Chama-se Belém Soundcheck, vai realizar-se de dois em dois anos, em Belém, e açambarca múltiplas músicas e géneros. A primeira edição realiza-se entre 21 e 24 de Março do próximo ano e tem dois nomes que se destacam a sério: Patti Smitth e Tirzah.

Sobre Patti Smith, não há muito a escrever que nunca tenha sido escrito. Pioneira do punk, heroína do underground e do mainstream nova-iorquinos, escritora, poeta, ícone. Daqui a uns anos, quando se falar dela, vai pensar-se que nunca existiu. Não há pessoas assim, dirão. Mas houve, ela existiu. Lenda.

No Centro Cultural de Belém, a poeta, cantora e compositora norte-americana não vai só dar um concerto. Aliás, não vai dar um concerto, não vai tocar as canções que crescemos a ouvir. Ao vivo, pelas 19.00 de 23 de Março, apresenta a performance Correspondences, concebida em colaboração com os artistas do Soundwalk Collective, entre a música, a poesia e as artes visuais.

Um dia antes, no MAC/CCB, Patti Smith inaugura a exposição "Evidence", criada mais uma vez em colaboração com o mesmo colectivo. "Uma jornada poética e imersiva através das viagens físicas, sonoras e visuais do Soundwalk Collective ao entrar em diálogo com as trajetórias poéticas de Patti Smith", escreve a organização.

Como se isto não bastasse, ainda a 23 de Março, a seguir a Patti Smith, toca Tirzah, compositora e intérprete britânica de canções electrónicas claustrofóbicas e doridas. Ouvi-la é ser afogado por recordações de um futuro, de vários que nunca chegaram a materializar-se. É música para um mundo em escombros, repetitiva, minimalista. Verdadeira. Se pensam que isto é exagero, ponham os ouvidos no álbum trip9love...???, produzido por Mica Levi, que vem com ela a Lisboa.

Mas isto é só um dia e o festival dura quatro. A 21 de Março, pelas 20.00, há um concerto de Camané (o alinhamento só terá temas de José Mário Branco). No mesmo dia, só que às 22.00, apresenta-se Maria João. Para quem não gosta de fado, nem de jazz, nem de canções perfeitas, pelas 20.00 do dia seguinte há um concerto Il Giardino Armonico, ensemble italiano de música historicamente informada, com o violoncelista e compositor Giovanni Sollima. Às 22.00 do mesmo dia 22, há mais jazz, pelas mãos do brasileiro Amaro Freitas.

O festival termina a 24 de Março, um domingo. A Kremerata Baltica, orquestra de jovens músicos de leste liderada desde 1997 pelo violinista Gidon Kremer, toca a partir das 17.00. O programa inclui o Concerto n.º 2, The American Four Seasons, de Philip Glass, seguido após um breve intervalo por The Season’s Digest, de Alexander Raskatov, e Las Cuatro Estaciones Porteñas, de Astor Piazzolla.

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