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Melhor Obra de Banda Desenhada de Autor Português
DREditado pela Escorpião Azul em 2022, Elviro, de Paulo J. Mendes, venceu o prémio do Amadora BD de Melhor Obra de Banda Desenhada de Autor Português

Paulo J. Mendes vence prémio de Melhor Obra de BD de Autor Português

O portuense foi distinguido com o prémio principal da Amadora BD por ‘Elviro’, editado pela Escorpião Azul em 2022.

Raquel Dias da Silva
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Raquel Dias da Silva
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A cerimónia de entrega de prémios do Amadora BD realizou-se este domingo, 22 de Outubro, no Núcleo Central do festival, no antigo Ski Skate Amadora Parque. Paulo J. Mendes foi distinguido na categoria Melhor Obra de BD de Autor Português pela novela gráfica Elviro. A obra, editada em 2022 pela Escorpião Azul, leva-nos até uma pitoresca vila costeira, onde se vivem os últimos dias do seu decrépito serviço de eléctricos e um casal de férias acaba por se zangar, à conta da obsessão de uma das partes por veículos de transporte público.

Os Prémios de Banda Desenhada da Amadora são uma iniciativa da Câmara Municipal local, que distingue autores de BD nacionais e internacionais, no âmbito do Amadora BD, desde 1990. Em 2023, pelo terceiro ano consecutivo, foi atribuído um prémio pecuniário no valor de 5000€ à Melhor Obra de Banda Desenhada de Autor Português. O júri dos Prémios de Banda Desenhada da Amadora foi constituído pelo representante da autarquia, Hugo Pinto, que é crítico literário e especialista em banda desenhada; o investigador e especialista em BD João Ramalho Santos; e o presidente do Clube Português de Banda Desenhada, Paulo Monteiro.

Paulo J. Mendes nasceu no Porto em 1965 e frequentou a Escola de Artes Decorativas Soares dos Reis, sendo dessa altura os primeiros e toscos esforços em banda desenhada, que publicou no fanzine Comicarte. Chegou a participar também nas primeiras edições do Salão de Banda Desenhada do Porto e em algumas publicações de efémera duração, como o Jornal de Ramalde ou o descabelado fanzine Düdü. Mas a vida profissional afastou-o por algumas décadas da sua paixão. De desenhador publicitário em listas telefónicas até pintor de azulejaria, fez muitas coisas até que a descoberta do “urban sketching” reavivou o bichinho. Depois da publicação de O Penteador em 2020, seguiu-se o agora premiado Elviro (208 pp. 30€).

Além do prémio de Melhor Obra de Banda Desenhada de Autor Português, foram atribuídas distinções à Melhor Obra Estrangeira de Banda Desenhada Editada em Português (Spirou – Diário de Um Ingénuo, de Émile Bravo, da editora ASA), à Revelação do ano (7 Senhoras, de Margarida Madeira, edição da autora, com o apoio da Fundação Lapa do Lobo), à Melhor Fanzine/Publicação Independente (Zona 10 Anos, de vários autores, editado pela Associação Tentáculo) e à Melhor Edição Portuguesa de Banda Desenhada (Menina Baudelaire, de Yslaire, editada pela Ala dos Livros).

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