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Poeira Botanica
© Ricardo Lopes

Poeira Botânica: a natureza dos Açores em Lisboa (com uns quantos extras)

É um oásis no meio do caos da cidade e com plantas dignas de coleccionador. Fomos conhecer esta união de duas marcas.

Mauro Gonçalves
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Mauro Gonçalves
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É um segredo bem guardado, mas não a sete chaves. Até porque a Poeira Botânica tem porta aberta para a rua e pano para mangas no que toca a plantas e a todo o conhecimento que elas exigem. É nesta loja inaugurada em Dezembro que Francisca Maltez apresenta os seus melhores espécimes, entre eles as cicadáceas de ar robusto expostas num dos cantos. A relação com a "biofilia", como lhe chama, já vai longa — o paisagismo como negócio começou em 2017 com o nome Azores Botanics.

"Achei que havia esta necessidade de trazer a natureza para cidade, então comecei com as espécies tropicais dos Açores. São plantas que crescem em solo natural, borrifadas pela água do mar. Ou seja, fora de estufas, à mercê daqueles ventos anticiclónicos. Podem não ser tão bonitas, mas são mais resistentes", revela.

Poeira Botanica
© Ricardo Lopes

O crescimento da empresa, cada vez mais requisitada para trabalhar em conjunto com estúdios de arquitectura e de interiores, fez com que Francisca, natural do Faial, aumentasse o catálogo. Hoje, as plantas que vende têm várias proveniências (embora a maioria continuem a ser exemplares de grande porte vindas do arquipélago português): pequenos viveiristas nacionais e espanhóis e Holanda.

Mas a Azores Botanics não veio sozinha. A loja, que conquista logo pela fachada, é partilhada com a Poeira, um nome já bem conhecido pelo trabalho desenvolvido da decoração e no design de interiores. Depois de alguns projectos concluídos a quatro mãos, Francisca juntou-se a Mónica Penaguião para conceber um espaço onde não faltam ideias para decorar varandas, jardins, pátios e terraços.

Poeira Botanica
© Ricardo Lopes

A começar pela olaria, categoria que abrange peças nacionais mas também os mais belos (e profusamente trabalhados) vasos italianos. Móveis em palhinha, bambu e rattan, peças do artista brasileiro Brunno Jahara, bordados de Viana do Castelo e tecidos pintados à mão no Brasil são alguns dos complementos. A bibliografia não ficou de lado — há uma selecção de livros da especialidade, da botânica numa abordagem mais científica aos projectos de arquitectura, e de revistas.

E esta é só uma parte dos planos feitos para a Poeira Botânica. No futuro, haverá uma cafetaria com um menu à base de sumos naturais, chás orgânicos e receitas verdes, a condizer com a envolvente. A montra de peças de autor também se quer em crescimento, à semelhança de novos serviços e experiências. A Primavera, além de novas espécies em vaso, trará um serviço de florista com alguns exemplares de corte.

Poeira Botanica
© Ricardo Lopes

À excepção desse, todo o trabalho de bastidores continua a ser feito do outro lado da rua, num espaço reservado dentro da conhecida Garagem Monumental. Francisca chama-lhe spa, ou clínica, e é onde vão parar as plantas a precisar de cuidados especiais. Quase sempre, chegam com má cara e saem revigoradas.

Avenida Álvares Cabral, 72D (Rato). 93 541 7590. Seg-Sex 10.30-19.00 e Sáb 10.30-14.00.

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