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Possível festa do Benfica obriga Feira do Livro a cancelar ou reagendar 155 eventos

O recinto será encerrado no sábado às 17.00, uma hora antes do jogo no Estádio da Luz. Editores e livreiros antecipam “quebra importante de facturação”.

Hugo Torres
Escrito por
Hugo Torres
Director-adjunto, Time Out Portugal
Feira do Livro de Lisboa
Fotografia: Mariana Valle Lima92.ª edição da Feira do Livro de Lisboa
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A Feira do Livro abre portas na quinta-feira, 25 de Maio, mas terá de ajustar o horário apenas dois dias depois por razões de segurança. No sábado joga-se o título de campeão nacional de futebol no Estádio da Luz, numa partida que vai pôr frente-a-frente o Benfica e o Santa Clara. Em caso de vitória (e quase certamente em caso de empate), a equipa lisboeta conquistará o 38.º título da sua história e os adeptos deverão, como se tornou habitual neste século, acorrer em massa ao Marquês de Pombal para festejar. Como a Feira decorre mesmo ali ao lado, no Parque Eduardo VII, vai ter de fechar mais cedo.

Essa decisão já tinha ficado clara. Nesta terça-feira, foi revelada a hora a que esse encerramento vai acontecer: 17.00. Isto é, seis horas antes do que seria o horário normal para um sábado (11.00-23.00) e uma hora antes de a partida ter início, a cerca de cinco quilómetros dali. Num comunicado feito ao final da tarde, a entidade organizadora, a APEL, revela ter sido informada pela PSP de que “o encerramento da Feira do Livro terá de ocorrer às 17.00, de modo a assegurar que até às 18.00 o recinto fique totalmente liberto de pessoas (funcionários e visitantes)”. Só assim, lê-se, será possível “garantir a segurança, a ordem pública e a integridade dos equipamentos públicos e privados em todo o perímetro de segurança afecto às eventuais comemorações que venham a acontecer”.

Assegurando que “irá cumprir na íntegra o pedido efectuado pela PSP, contribuindo assim para o cumprimento da ordem pública e a segurança de pessoas e bens”, a APEL sublinha no entanto que esta alteração terá um “significativo impacto na programação cultural”, forçando o cancelamento ou a recalendarização de 155 eventos. Este era o número de iniciativas previstas para depois das 17.00, num dia em que estavam programadas 265 no total. Mas não é tudo. Embora sem contabilizar a estimativa, a APEL refere que os editores e livreiros “esperam uma quebra importante de facturação, naquele que seria o primeiro sábado da Feira”, devido a esta mudança. O horário normal é retomado logo no domingo, prosseguindo a 93.ª edição da Feira até 11 de Junho.

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