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Ribeira das Naus vai continuar a ser de peões e ciclistas aos domingos

Hugo Torres
Escrito por
Hugo Torres
Director-adjunto, Time Out Portugal
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Câmara de Lisboa decidiu prolongar medida pensada para Agosto. Quer ir para aquela zona dar uma turista e apanhar sol à beira-rio? Vá de transportes públicos.

Quem anda a pé ou de bicicleta vai continuar a ter a Ribeira das Naus só para si aos domingos. A Câmara de Lisboa decidiu prolongar a medida, prevista apenas para Agosto, que corta o trânsito naqueles dias entre o Cais do Sodré e o cruzamento da Avenida Infante D. Henrique com a Rua dos Arameiros, que separa o Ministério das Finanças do Campo das Cebolas.

A autarquia anunciou a decisão num breve comunicado, no qual não especifica a interrupção da circulação automóvel naquela zona é permanente ou até quando durará. Há, no entanto, uma diferença entre os domingos de Agosto e os que aí vêm: nos primeiros, o trânsito era cortado entre as 0.00 e as 24.00; a partir de agora será apenas entre as 8.00 e as 20.00.

A medida “permite aumentar a zona de fruição, libertando espaço para a realização de actividades ao ar livre, melhorando o ambiente e aumentando a segurança”. Uma avaliação que a Câmara de Lisboa faz acompanhar por uma lista com todos os eléctricos (15 e 18) e autocarros (714, 728, 732, 735, 736, 758, 760, 781, 782 e 794) que passam junto à Ribeira das Naus, assim como as estações de Metro mais próximas (Cais do Sodré e Baixa/Chiado).

A decisão foi anunciada ao final da tarde de sexta-feira, horas antes de o Expresso chegar às bancas com uma entrevista a Fernando Medina em que este defende uma redução generalizada e significativa dos passes dos transportes públicos, tanto para quem os usa em Lisboa ou como para os detentores de passes combinados. O presidente da câmara quer baixar de 36,70 para 30 euros os passes dentro da cidade e impor um limite de 40 euros para os passes que abrangem os restantes 18 municípios à volta da capital.

A medida seria financiada pelo Estado, com um custo anual de 65 milhões de euros. A proposta está nas mãos de António Costa e Mário Centeno. Fernando Medina – que anunciou ainda a sua recandidatura nas próximas eleições – quer que a verba seja disponibilizada já no próximo Orçamento do Estado para 2019. O autarca deixa a pergunta: “Não é uma melhor resposta aos problemas estruturais do país aprovar esta transformação da utilização do sistema público de transportes do que reduzir dois cêntimos no adicional ao imposto sobre combustíveis (ISP), que porventura nem sequer vai ser sentido no bolso de ninguém?”

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